Pesquisa PoderData realizada de 14 a 16 de agosto mostra que a maioria (55%) do eleitorado evangélico mantém sua aprovação ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O percentual de apoio teve leve queda em relação a 15 dias antes, quando 61% dos identificados com esse grupo religioso avaliavam positivamente a gestão. No médio prazo, contudo, a aprovação a Bolsonaro está acima de 45% nesse recorte desde a rodada de 10 a 12 de abri.
O voto dos evangélicos é um ponto de sustentação da campanha de Bolsonaro à reeleição. O presidente se mantém consistente no segmento. Tem pontuação maior em comparação ao quadro de aprovação geral, onde marca 40%.
Embora se declare católico, o presidente participa ativamente de Marchas para Jesus, eventos organizados por pastores evangélicos pelo país.
A primeira-dama Michelle Bolsonaro é ligada à Igreja Batista e foi escalada pelo QG de Campanha para, entre outras razões, melhorar os índices de aprovação do presidente entre as evangélicas e expandir a vantagem nesse segmento, que corresponde a cerca de 1/3 dos brasileiros.
São 41% os evangélicos que reprovam o mandato, alta de 8 pontos em duas semanas. Quando se considera só os eleitores que professam essa fé, a margem de erro da pesquisa é de 3,1 pontos percentuais.
O eleitorado evangélico também tem sido foco da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em ato na porta da fábrica da Volkswagen do Brasil em São Bernardo do Campo (SP), na 3ª feira (16.ago.2022), o petista afirmou que o atual presidente manipula o grupo religioso e o chamou de “fariseu”, termo pejorativo bíblico referente à hipocrisia e a dissimulação.
CATÓLICOS
Entre os fiéis da Igreja Católica, 63% reprovam o mandato de Bolsonaro. A taxa não variou no comparativo com a última rodada.
A aprovação teve oscilação de 3 pontos para baixo. Marca 31%. Essa diferença na avaliação positiva transitou para a dúvida nos últimos 15 dias –se antes 2% dos católicos não sabiam avaliar a gestão, agora são 6%. A margem de erro no grupo é de 2,5 pontos percentuais.
Bolsonaro é também o voto preferencial de 52% do eleitorado identificado como evangélico. Outros 31% dizem querer Lula de volta ao Planalto.
Entre os católicos, o cenário é inverso. O ex-presidente tem uma vantagem de 20 p.p. sobre Bolsonaro –o petista marca 51% e o atual chefe do Executivo, 31%.
Poder 360