Aconteceu nesta quinta-feira, 03, a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Felipe Guerra para o biênio 2023-2024. Em chapa única, à unanimidade dos 9 votos da Casa, foi eleito presidente o vereador de quarto mandato Pedro Cabral (PL), aliado do prefeito Salomão Gomes e nome de consenso no grupo governista.
Esta é a segunda vez que Pedro Cabral é eleito para presidir aquela Casa legislativa.
A nova Mesa Diretora da Casa, a partir de janeiro de 2023, fica com a seguinte composição:
- Presidente: Pedro Cabral
- Vice-presidente: Márcio da Santana
- 1ª Secretário: Max Morais
- 2ª Secretário: Marcos Aurélio
Articulações, impasses e consenso
Apesar da eleição à unanimidade de votos, o consenso em torno do nome de Pedro Cabral não veio de imediato. Antes, muitas articulações foram feitas, e pelo menos mais uma chapa ainda chegou a ser protocolada na Casa tendo a seguinte composição: Presidente: Luiza Pereira; Vice-presidente: Mazinho da Pesca; 1º Secretário: Pedro Cabral; e 2° Secretário: Berguinho do Arapuá. Chapa esta que terminou exonerada por falta de coro, diante da desistência dos vereadores Pedro Cabral e paulo Guilherme.
O atual presidente da Casa, vereador Marcos Aurélio (PL), também da bancada situacionista, tentou, mas não conseguiu viabilizar sua reeleição por falta de 1 voto.
Influenciada pelo seu pai (o ex-vice-prefeito Chicão), a vereadora Luiza Pereira (PSB), líder do governo Salomão na Câmara, chegou a indicar que encabeçaria uma possível chapa com a “bênção” do ex-prefeito Haroldo Ferreira (PSB), principal adversário da atual gestão. Entretanto, a informação do apoio do ex-prefeito à chapa causou a debandada de vereadores que fariam a composição com Luiza.
O consesno da bancada governista acabou acontecendo em torno do nome de Pedro Cabral para a presidência da Casa.
Mais uma derrota de Haroldo
O resultado da eleição para a nova Mesa Diretora da Câmara Municipal de Felipe Guerra, representa mais uma derrota para o ex-prefeito Haroldo Ferreira, que tem levado a pior em todos os embates travados com o prefeito Salomão Gomes. Em 2020, tentou influenciar o resultado da eleição para a presidência daquela Casa e terminou tendo que engolir a vitória do nome mais indigesto para ele: Marcos Aurélio. Agora, tentou emplacar chapa encabeçada pela vereadora Luiza Pereira (PSB) e esta acabou esvaziada exatamente por causa do seu apoio.
Já no pleito eleitoral deste ano, Haroldo também tentou antagonizar com o prefeito Salomão no tocante aos apoios de ambos para deputado federal e terminou levando mais de 3 pra 1. Salomão apoiou Joâo Maia (PL), que obteve 2.565 votos (48,36%) no município, enquanto Haroldo apoiou Kaline de Dr. Bernardo (MDB), que obteve apenas 728 votos (13,73%).
Para completar, a oposição que Haroldo tenta liderar acabou sofrendo mais uma baixa durante as articulações para a eleição da Câmara Municipal: perdeu o vereador Márcio da Santana (Republicanos), um dos últimos do grupo que já está quase esvaziado.
E assim se agrava cada dia mais a situação de isolamento do ex-prefeito Haroldo Ferreira, o qual tem sido visto como persona non grata pela classe política felipense.