O presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu os comandantes das Forças Armadas nesta quinta-feira 24 no Palácio da Alvorada, um dia depois de o chefe do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, rejeitar a ação do partido do mandatário que contestava o resultado da eleição
General da reserva e candidato a vice no pleito deste ano, Braga Netto também esteve presente na reunião.
Pouco depois de os militares deixarem o palácio, a assessoria de Bolsonaro anunciou que está prevista a participação dele em um evento na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) no próximo sábado 26, em Resende (RJ).
Os comandantes do Exército, Marco Freire Gomes, da Marinha, Almir Garnier, e da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista, participaram do encontro no Alvorada.
Na agenda oficial do presidente, constava apenas uma reunião com o subchefe de Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência, Renato França.
Nesta quarta-feira 23, Moraes rejeitou o pedido do PL para que parte dos votos fossem anulados e condenou a coligação de Bolsonaro, formada por PL, PP e Republicanos, ao pagamento de multa no valor de R$ 22.991.544,60 por litigância de má-fé.
Ele também determinou ainda o bloqueio dos fundos partidários das três legendas até o pagamento da penalidade imposta.
Além disso, por entender que na iniciativa encampada pelo PL houve “finalidade de tumultuar o próprio regime democrático brasileiro”, o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, será alvo de investigações no STF (Supremo Tribunal Federal), no inquérito das milícias digitais, e no TSE.
Após a reunião com os militares, Bolsonaro foi ao Palácio do Planalto. Na quarta, ele também havia ido à sede de trabalho presidencial, depois de ficar 20 dias sem ir ao local.
O mandatário não ia ao local desde o dia 3 de novembro. Bolsonaro não ficou muito tempo no palácio. O presidente chegou por volta das 9h e ficou pouco mais de 5 horas, quando voltou para o Alvorada.
Para o próximo sábado, está prevista a presença de Bolsonaro na Aman para cerimônia de formatura de aspirantes.
Segundo o anúncio feito pelo governo, também há previsão da ida de “algumas autoridades dos poderes Legislativo e Judiciário, oficiais generais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica”.
MATHEUS TEIXEIRA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)