Representantes das nove empresas de geração de energia eólica off-shore discutiram com o governo do Rio Grande do Norte nesta terça-feira (13) sobre a capacitação de emprego de mão-de-obra local dos futuros parques de energia eólica off-shore, ou seja, as que vão funcionar no mar.
O encontro, que ocorreu na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, contou com representantes também de universidades, do IFRN e do Senai.
A expectativa é de que a cada gigawatts de potência instalada sejam gerados até 1.300 emrpegos diretos na fase de construção e instalação dos parques eólicos off-shore;
Apenas na fase de construção e instalação dos parques eólicos off-show, o estado tem previsão de chegar a cerca de 12 gigawatts de potência nos projetos.
“É preciso o nosso povo nesses empregos. Se nós temos toda essa cadeia aqui que pode ser capacitada. E a gente ocupar esses espaços”, destacou o secretário estadual de desenvolvimento econômico, Jaime Calado.
Na reunião foram apresentadas experiências na costa da Dinamarca, país no qual surgiu a primeira fazendo eólico off-show do mundo, em 1991.
O presidente do fundo de investimentos dinamarquês explicou que as principais áreas de empregabilidade são na fabricação dos componentes, que devem abarcar 56% das vagas, seguida da fase de operação e manutenção, com 28% da contratação de mão-de-obra.
“Desde instalações marinhas, terrestres, estudos ambientais, fundações, engenharias, mergulhadores, piloitos de aeronaves, de embarcações. Então, é extremamente complexo. Existe uma potencialidade muito grande pra atingir uma gama muito ampla de uma população que precisa entrar nesse mercado de trabalho”, explicou Diogo Nóbrega, CEO do fundo de investimentos CIP/COP Dinamarca.
O IFRN e as universidades se disseram dispostas a contribuir com os projetos desenvolvendo projetos e estudos especializados e ainda abrindo novos cursos técnicos e tecnólogos de formação continuada, graduação e de especialização em energias renováveis.
“A gente tem o curso de eletrotécnica, a gente tem o curso de eletromecânica, eletrônico, mas no meu entendimento a gente também precisa ter um curso técnico de energias renováveis”, explicou o coordenador de tecnologia em energia eólica do IFRN, Leonardo Vale.
Os nove projetos de energia eólica off-shore do RN serão instalados entre o litoral do Touros e a divisa com o Ceará. Atualmente os projetos estão em fase de licenciamento do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e aguardam ainda a regulamentação nacional do setor.
“A regulamentação é fundamental. É fundamental porque traz menos riscos ao investidor”, pontuou o professor do Centro de Tecnoclogia da UFRN, Mário Gonzales.
Como é que a gente torna não só o estado com grande potencial de riqueza, mas a sua população. E óbvio, tudo aqui se falando respeitando o meio ambiente, porque nós estamos falando de energia limpa em função do meio ambiente e é óbvio que a vertente do meio ambiente também está se discutindo como vai se explorar energia no mar sem afetar o ecossistema marinho” disse o superintendente da Inter TV Cabugi e o diretor de sustentabilidade da CDL-Natal, Dirceu Simabucuru.
g1-RN