in , ,

Lula diz que EUA, Rússia e europeus desrespeitam Conselho de Segurança da ONU e pede revisão do órgão

Fala do presidente sobre a “briga” do Brasil para “ter uma ONU mais representativa” foi feita enquanto o petista debatia sobre o não cumprimento de acordos climáticos por parte de países.

Lula em encontro com o presidente português Marcelo Rebelo de Sousa em Lisboa, Portugal (Horacio Villalobos#Corbis/Corbis/Getty Images)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a pedir uma reforma no Conselho de Segurança da ONU e criticou os atuais países-membros.

Durante um discurso ao lado do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, na manhã deste sábado (22), em Lisboa, Lula pediu uma “revisão” do órgão das Nações Unidas.

“É preciso que a gente crie uma nova governança mundial. Por isso, o Brasil tem brigado muito para que a gente reveja o Conselho de Segurança da ONU e seus membros permanentes. É preciso entrar mais países, mais continentes e estabelecer uma nova geografia”, declarou o petista.

“A geografia de 1945 não é a mesma. Não podemos continuar com membros do conselho fazendo guerra. Eles são membros do conselho, decidem a guerra sem sequer consultar o conselho. Foi assim nos Estados Unidos contra o Iraque, a Rússia contra a Ucrânia, a França e Inglaterra contra a Líbia. Ou seja, eles mesmos desrespeitam as decisões do Conselho de Segurança e por isso precisamos tentar mudar”, acrescentou.

A reforma do Conselho é uma demanda antiga do país – defendida, por exemplo, tanto por Lula quanto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

A fala de Lula sobre a “briga” do Brasil para “ter uma ONU mais representativa” foi feita enquanto o brasileiro debatia também sobre o não cumprimento de acordos climáticos por parte de países.

“Não adianta tomarmos decisões nas dezenas de COPs. Se você não tiver uma governança forte para se exigir o cumprimento das decisões, nunca entra em vigor”, afirmou o presidente, neste sábado, citando, por exemplo, o Acordo de Paris e o Protocolo de Kyoto.

Plenário do Conselho de Segurança da ONU em Nova York / 20/02/2023 REUTERS/Mike Segar

Lula acrescentou que por isso o Brasil apoia “acabar com o direito de veto para que a ONU possa fazer valer as decisões que a gente toma na questão ambiental”.

O petista ainda cobrou outra atitude por parte das Nações Unidas: o reconhecimento da língua portuguesa como língua oficial.

“Quando vamos lá falar, não é distribuído material em português para ninguém. Sempre temos que traduzir em outra língua e acho uma falta de respeito – dos outros conosco, e de nós mesmos conosco”, disse Lula.

Lula nega ter igualado responsabilidades, mas diz que nem Rússia e nem Ucrânia querem parar a guerra

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, na manhã deste sábado (22), que “nunca” igualou as responsabilidades de Rússia e Ucrânia em relação à guerra, mas também afirmou: “A Rússia não quer parar, a Ucrânia não quer parar.”

As declarações foram dadas durante uma entrevista coletiva que o petista concedeu ao lado do presidente português Marcelo Rebelo de Sousa, com quem se reuniu, em Lisboa, nesta manhã.

Lula foi questionado por repórteres sobre suas recentes posições expressas sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, como o apontamento de que EUA e UE teriam propiciado o prolongamento do conflito e que a decisão da batalha teria sido tomada “por dois países”.

CNN Brasil

Avatar photo

Postado por MOSSORÓ NEWS

Nossa missão é oferecermos um jornalismo independente, ético e profissional, buscando sempre fornecer informações precisas, imparciais e relevantes aos leitores. Nossa visão é ser uma referência na produção de conteúdo jornalístico imparcial, baseado na verdade dos fatos e em uma apuração rigorosa das informações.

Comprometemo-nos com valores fundamentais, como independência, ética, profissionalismo, precisão e transparência. Abordamos uma ampla gama de temas, priorizando pautas de relevância jornalística, impacto social e interesse público, enquanto garantimos a diversidade de pontos de vista.

A verdade é primordial em nossas reportagens, e as opiniões são claramente identificadas como tais. Valorizamos a participação da comunidade, encorajando o feedback, sugestões de pautas e compartilhamento de informações relevantes, buscando enriquecer o conteúdo e fortalecer o vínculo com nosso público.

Comprometemo-nos a ser agentes de mudança social, denunciando injustiças e dando voz a minorias e grupos marginalizados, promovendo uma sociedade mais inclusiva e justa. Administrando nossos recursos de forma responsável, priorizamos a qualidade do jornalismo em detrimento de interesses comerciais.

Além do conteúdo jornalístico, valorizamos a experiência do usuário em nosso site, buscando uma interface limpa, intuitiva e responsiva, facilitando o acesso às informações de maneira agradável visualmente.

Em conclusão, nosso site busca ser uma fonte confiável de informações, respeitando os princípios do jornalismo responsável e contribuindo para o fortalecimento da democracia e da cidadania informada. Acreditamos que a busca pela verdade e transparência é essencial para o progresso de uma sociedade mais justa e democrática.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Governo intensifica cruzada por liberação de criminosos como política pública

Prefeito Allyson Bezerra perde irmão vítima de acidente de moto em Mossoró