Profundamente lamentável, constrangedor, o tratamento que é dado por parte da prefeitura municipal de Areia Branca, via órgãos ligados à saúde pública, com as pessoas que sofrem de problemas renais e pelo menos três vezes na semana tem de deslocar-se até Mossoró para submeter-se a processo de hemodiálise.
Eles reclamam, e cobertos de razão, que são deixados ao Deus dará, a partir de quando saem dos centros de diálise. De certa forma debilitados, ficam horas sentados nas calçadas à espera do transporte que os conduz de volta à Areia Branca. O carro frequentemente apresenta problemas e os atrasos nas viagens são constantes.
Os reclames são direcionados à Secretaria de Saúde e Prefeitura que tem por obrigação disponibilizar um deslocamento mais humano aos portadores de uma doença tão séria. Da forma que os tratam é brincar com a vida. Algo estarrecedor.
E este problema não é de agora. Já tomamos conhecimento de que numa dessas viagens de volta, em pleno meio dia, sol escaldante, o carro que transporta os renais – uma van – quebrou no meio da estrada e os ocupantes tiveram de esperar por horas, para serem resgatados. Sob um sol escaldante, fechados dentro do veículo, cujo ar condicionado também não funcionava.
Então, diante de tanto sofrimento e busca de solução junto ao poder público e sem serem atendidos, a única saída encontrada pelas vítimas está sendo apelar por mais atenção através das redes sociais.
Areia Branca, município localizado na região da Costa Branca, é rico por natureza. É grande na produção de sal marítimo, extração de petróleo, também conhecida como a capital do atum. E tudo isso gera impostos para a gestão, que deveria se utilizar de uma parte deste dinheiro e aplicar na saúde pública.
No entanto, verifica-se justamente o contrário, doentes reclamando de abandono nas calçadas de hospitais, professores em greve por que não estão recebendo seus salários dignamente e dessa forma segue a vida dos que habitam naquela salinésia.
Confira o desabafo de um paciente