Em depoimento prestado à Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro negou aos agentes a adulteração de seu cartão de vacinação e diz que não determinou ao tenente-coronel Mauro Cid – ex-ajudante de ordens da Presidência da República – qualquer iniciativa neste sentido.
O depoimento de Bolsonaro durou aproximadamente três horas. Dessa forma, o ex-presidente manteve a linha da defesa de que a iniciativa de adulterar o cartão de vacinação do ex-presidente, e de sua filha Laura, partiu exclusivamente de seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid.
Bolsonaro também declarou que não fazia sentido ele ter determinado a adulteração de seu cartão de vacina, pois ele era um dos principais defensores da liberdade em prol da vacinação.
Na quinta-feira, quem presta depoimento à Polícia Federal sobre esse caso específico é o tenente-coronel Mauro Cid.
Como registramos na semana passada, em documento enviado ao ministro do STF Alexandre de Moraes, a Polícia Federal afirmou que o ex-presidente tinha ciência da inserção fraudulenta dos dados de vacinação contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde.
A representação trouxe detalhes da investigação em torno da Operação Venire. A iniciativa teria o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro e seus familiares e assessores nos Estados Unidos, burlando a regra de imunização obrigatória.
O Antagonista