Erinaldo Silva
A prévia da inflação oficial brasileira, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), apresentou um aumento significativo de 0,33% em novembro, revertendo a tendência de desaceleração registrada no mês anterior, quando foi observada uma alta de 0,21%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Este movimento ascendente foi impulsionado pela primeira alta dos alimentos e bebidas em cinco meses, registrando um aumento de 0,82%. Essa variação contribuiu para que o IPCA-15 acumulasse uma alta de 4,84% nos últimos 12 meses, mantendo o indicador acima do teto da meta perseguida pelo governo, que é de 4,75%.
No acumulado dos primeiros 11 meses do ano, a inflação apurada atingiu 4,3%, indicando pressões persistentes sobre os preços. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram aumento nos preços durante o mês de novembro.
Destacando-se nesse cenário, o grupo de alimentos e bebidas liderou as altas, com uma variação de 0,82%, sendo que a alimentação no domicílio contribuiu expressivamente com uma alta de 1,06%. Esse resultado surpreendente sucede cinco meses consecutivos de quedas nos preços desses produtos.
Diante desses números, os analistas econômicos alertam para a necessidade de monitoramento constante, considerando o impacto dessas variações nos bolsos dos consumidores e nas projeções para o fechamento do ano. O desafio persiste para o governo em manter a estabilidade econômica e controlar a inflação, diante de um cenário global ainda marcado por incertezas.
