Erinaldo Silva
Na tarde desta terça-feira, 04 de junho, professores da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) decidiram aderir ao movimento de paralisação em uma assembleia que contou com expressiva participação da categoria. Com 195 votos a favor e 94 contra, a decisão reflete a vontade da comunidade docente em buscar melhorias em diversas áreas.
Entre os pontos de pauta discutidos na assembleia, destacam-se a recomposição salarial, a realização de concurso público e a revogação de instruções normativas que cerceiam o direito de greve dos servidores. Esses temas refletem preocupações fundamentais para o corpo docente da Ufersa, que busca condições mais dignas de trabalho e reconhecimento de sua importância para a instituição.
A adesão dos professores da Ufersa ao movimento de paralisação acrescenta uma nova dimensão de mobilização, fortalecendo as demandas já apresentadas pelos técnicos, que iniciaram a paralisação há cerca de 80 dias. Essa união de forças evidencia a determinação da comunidade acadêmica em buscar soluções para os desafios enfrentados no contexto universitário.
Além da Ufersa, outras instituições de ensino superior do Rio Grande do Norte também registraram paralisações em assembleias da categoria. Tanto professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) quanto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) uniram-se ao movimento, demonstrando uma ampla mobilização em busca de melhorias nas condições de trabalho e no ensino superior público do estado.
A nível nacional, o movimento de paralisação já abrange 61 instituições federais, das 68 existentes em todo o país. Essa adesão maciça destaca a relevância e a urgência das demandas apresentadas pelos servidores das universidades federais, que lutam não apenas por seus direitos individuais, mas também pela qualidade e pelo futuro do ensino superior público no Brasil.
