Uma moradora do assentamento Nova Trapiá, no município de Assú-RN, denunciou um episódio de suposta discriminação política envolvendo o serviço de abastecimento de água por carro-pipa. Luana Priscila relatou que os operários responsáveis pela entrega se recusaram a encher sua cisterna após notarem adesivos de candidatas adversárias de Lula Soares, atual candidato a prefeito.
De acordo com Luana, o serviço foi interrompido no momento em que os trabalhadores perceberam seu apoio a candidatas opositoras. “Nem chegaram a começar. Quando viram os adesivos, simplesmente disseram que não iam botar água aqui”, afirmou, revoltada com a situação, que classificou como “um claro abuso de poder”. O assentamento, que depende dos carros-pipa para o abastecimento regular, ficou sem o serviço, provocando indignação entre os moradores.
A denúncia levanta sérias questões sobre o uso da máquina pública para fins políticos. Em resposta, o Ministério Público anunciou que deve abrir uma investigação para apurar possíveis irregularidades na gestão do prefeito Gustavo Soares, incluindo o uso do serviço de distribuição de água para coagir eleitores e beneficiar seu candidato preferido.
A prática, se confirmada, não só configura uma violação dos direitos dos cidadãos, como representa um ataque à liberdade de escolha e à democracia local.
Confira a denúncia: