A impossibilidade de Jair Bolsonaro (PL) comparecer à posse de Donald Trump (Partido Republicano) como presidente dos Estados Unidos ganhou destaque nos principais veículos de comunicação ao redor do mundo. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou o pedido do ex-presidente brasileiro para recuperar seu passaporte e viajar a Washington D.C.
Desde fevereiro de 2024, Bolsonaro está com o passaporte retido em razão de investigações em andamento. Moraes justificou a negativa afirmando que o cenário “continua a indicar a possibilidade de tentativa de evasão”. Bolsonaro recorreu, mas o ministro manteve sua posição. Assim, Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, embarcou neste sábado (18) para representar o marido na cerimônia, que será realizada no Capitólio na próxima segunda-feira (20).
Cobertura internacional
Diversos veículos internacionais repercutiram o episódio, trazendo à tona o impacto da decisão e suas implicações políticas. Nos Estados Unidos, o The Washington Post publicou: “Corte brasileira nega pedido de Bolsonaro para viajar para a posse de Trump”, enquanto o The Wall Street Journal destacou: “Trump convidou Bolsonaro para sua posse; o Brasil não vai deixá-lo ir”.
O New York Post e a Bloomberg adotaram tons similares, frisando a atuação da Justiça brasileira em títulos como “Corte brasileira barra Bolsonaro de ir à posse de Trump”.
No Reino Unido, o The Guardian abordou a questão sob a ótica do embate entre o Judiciário e o ex-presidente: “Corte brasileira rejeita pedido de Jair Bolsonaro para ir à posse de Trump”. No Oriente Médio, a Al Jazeera enfatizou: “Suprema Corte do Brasil rejeita esforço de Bolsonaro para comparecer à posse de Trump”. Já o France24, da França, resumiu: “Bolsonaro tem passaporte negado para posse de Trump”.
A ausência de Bolsonaro no evento reforça as limitações impostas a ele pela Justiça brasileira, além de suscitar discussões sobre o impacto político da sua representação por Michelle Bolsonaro em um evento de grande peso simbólico para a direita global.