A implementação de novas regras tributárias no Brasil tem servido de pretexto para golpistas elaborarem estratégias cada vez mais sofisticadas, voltadas especialmente a consumidores que realizam compras online. Um caso identificado nesta terça-feira, 21 de janeiro, envolvendo uma cliente do Magazine Luiza, chama a atenção pela complexidade do golpe.
A cliente recebeu um SMS do número 29585, alegando pendências relacionadas a uma compra realizada na plataforma do Magazine Luiza. A mensagem indicava que, para evitar a suspensão da entrega do produto, seria necessário regularizar a situação por meio do link https://magalu.ink/.vh9t8. Ao acessar o link, a cliente foi direcionada a uma página que imitava o site oficial da empresa, apresentando informações detalhadas de sua compra, como o produto adquirido, o valor pago e até a loja parceira.
O golpe tentava induzir o pagamento de uma suposta taxa tributária no valor de R$ 34,84, vinculada a uma compra real de R$ 148,41. A simulação era tão convincente que só foi descoberta quando a cliente, desconfiada da cobrança, entrou em contato diretamente com o Magazine Luiza. A empresa confirmou que não havia pendência tributária e esclareceu que o link recebido não fazia parte de seus canais oficiais.
O caso levanta uma questão preocupante: como os criminosos obtiveram acesso a informações precisas relacionadas à compra da cliente? Esse detalhe foi crucial para tornar o golpe mais crível e quase infalível.
Como se proteger:
- Verifique os canais oficiais: Antes de clicar em links enviados por SMS ou e-mail, confirme a autenticidade acessando diretamente o site da loja.
- Suspeite de cobranças inesperadas: Empresas não solicitam pagamento de tributos por links enviados em mensagens.
- Relate suspeitas: Entre em contato com a loja ou empresa para confirmar qualquer pendência antes de realizar pagamentos.
- Proteja seus dados: Evite compartilhar informações pessoais e detalhes de suas compras em plataformas ou aplicativos não confiáveis.
Este caso reforça a necessidade de consumidores e empresas redobrarem a atenção para evitar prejuízos diante do aumento da criminalidade digital.