A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) anunciou na sexta-feira, 24, o repasse de mais de R$ 4 milhões a seis empresas terceirizadas que prestam serviços nas unidades de saúde da rede estadual. Apesar do anúncio, o movimento de trabalhadores terceirizados continua, com alguns grupos mantendo paralisações e protestos.
Após o repasse, os profissionais contratados pela JMT no Hospital Lindolfo Gomes Vidal, em Santo Antônio, informaram que retornam ao trabalho nesta terça-feira, 28. No entanto, outras categorias de servidores seguem com a paralisação. Entre as reivindicações estão salários em atraso, gratificações não pagas, como o vale-alimentação, e o cumprimento de direitos trabalhistas.
A Secretaria também destacou que, ao longo da segunda-feira, 27, outros pagamentos foram realizados para regularizar a situação financeira das empresas prestadoras de serviços. A gestão da Sesap reforçou que mantém diálogo constante com as partes envolvidas, visando resolver os problemas e evitar impactos no atendimento à população.
No entanto, na manhã desta segunda-feira, funcionários terceirizados de hospitais da rede estadual realizaram um protesto em Natal, bloqueando a Avenida Senador Salgado Filho no sentido zona Sul/Centro. O ato reuniu trabalhadores de diversas empresas, atuando em áreas como nutrição, higienização, enfermagem e segurança. O protesto, que gerou transtornos no trânsito, foi encerrado por volta das 9h30.
A empresa Justiz, que também participou da manifestação, anunciou uma paralisação devido a atrasos de até quatro meses no pagamento de salários e outros benefícios, afetando diretamente os hospitais Monsenhor Walfredo Gurgel (setor de higienização), João Machado (enfermagem), e Lindolfo Gomes Vidal (cirurgia).
Os trabalhadores prometem intensificar a mobilização, com novos protestos programados para a terça-feira, 28, no Hospital Santa Catarina, na capital. O objetivo da paralisação é pressionar o governo estadual para regularizar os pagamentos em atraso e garantir os direitos dos profissionais que atuam na linha de frente do sistema de saúde.