O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se posicionou, nesta quinta-feira (30/1), afirmando que não é responsável pela autorização de reajustes no preço do diesel, destacando que essa competência pertence à Petrobras. A declaração foi dada durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, onde o presidente tentou se distanciar das críticas que, durante o governo Bolsonaro, eram frequentemente direcionadas ao aumento dos combustíveis.
Lula explicou que a responsabilidade pela decisão de reajustes recai sobre a Petrobras, e não sobre o governo federal. “Eu não autorizei aumento no diesel. Desde o meu primeiro mandato, acredito que quem autoriza é a Petrobras”, afirmou. Contudo, ele defendeu que, caso a estatal precise ajustar o preço, mesmo levando em consideração a inflação, o valor será inferior ao registrado em dezembro de 2022.
A fala de Lula surge em um momento delicado, com a proximidade de um aumento no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de responsabilidade estadual, que deverá impactar o preço do diesel em R$ 0,06 a partir deste sábado (1º/2). Essa medida, que promete elevar o preço do combustível, levanta questionamentos sobre as promessas feitas por Lula e seus aliados durante a campanha eleitoral, quando as críticas ao governo Bolsonaro sobre o preço dos combustíveis eram intensas.
Vale lembrar que, durante o governo anterior, Lula e seus aliados acusavam constantemente o então presidente Jair Bolsonaro de ser responsável pelos altos preços dos combustíveis, apontando que a política de preços da Petrobras, alinhada com o mercado internacional, gerava impacto direto no bolso dos brasileiros. Agora, o cenário se inverte, e as declarações do presidente mostram um afastamento das promessas feitas em relação à redução dos custos de combustíveis, o que poderá gerar novas críticas à atual gestão.