O dólar registrou sua 10ª queda consecutiva nesta sexta-feira (31), fechando o mês cotado a R$ 5,83 e renovando o menor patamar desde novembro do ano passado. A moeda norte-americana terminou janeiro com uma desvalorização de 5,54%, marcando o maior recuo mensal desde junho de 2023, quando caiu 5,60%.
O movimento refletiu a reação dos investidores à divulgação de dados econômicos tanto no Brasil quanto no exterior. As recentes decisões sobre as taxas de juros, tanto do Banco Central do Brasil quanto do Federal Reserve (Fed), seguiram sendo monitoradas de perto pelos operadores de mercado.
Aqui no Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta manhã os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que indicaram que a taxa de desocupação foi de 6,2% no quarto trimestre de 2024, uma redução frente aos 6,4% do trimestre anterior. Em termos anuais, a taxa de desocupação média de 2024 foi de 6,6%, mostrando um expressivo recuo em relação aos 7,8% registrados em 2023. Segundo o IBGE, esse é o menor índice de ocupação já registrado na série histórica da pesquisa, que começou em 2012.
No cenário internacional, o dia foi marcado pela divulgação do índice de preços de consumo (PCE), indicador preferido pelo Federal Reserve para medir a inflação nos Estados Unidos. O índice subiu 0,3% em dezembro, acumulando alta de 2,6% em 2024, dentro das expectativas do mercado.
Apesar do desempenho positivo do dólar e da queda nas taxas de desemprego no Brasil, o mercado acionário brasileiro seguiu em direção contrária. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, operou em queda na última hora de pregão, refletindo a cautela dos investidores diante dos dados econômicos e da volatilidade global.