Editorial
Um assassino não deixa de ter matado alguém porque o STF encontrou uma vírgula fora do lugar na sentença de 1ª instância que o condenou à prisão. Porém tal assassino não poderá mais ser considerado culpado e estará livre, inclusive, para matar novamente. Se o leitor e a leitora viram qualquer semelhança com o caso Lula, não é mera coincidência.
O petismo, liderado por Lula da Silva, é especialista em muitas coisas: defender e proteger criminosos, apoiar e financiar ditadores e ditaduras, roubar dinheiro público e arruinar contas de cidades e estados (e do país!). Mas a maior especialidade dessa gente é mentir. Mentem tanto, mas tanto, que perto deles Bolsonaro se torna um simples fofoqueiro.
Após decisão do pleno do STF por 8×3, que ratificou o que monocraticamente já havia decido o ministro Edson Fachin, relembrando, que a 13ª Vara Federal de Curitiba era incompetente para julgar os casos de corrupção do ex-presidente Lula, os processos do mesmo estão prescrevendo e sendo arquivados, como de costume no Judiciário brasileiro, infelizmente.
O líder da quadrilha do Petrolão, segundo denúncia do MPF, fora condenado em 1ª instância por Sergio Moro; em 2ª instância por três desembargadores; e no STJ por cinco ministros. E a questão da incompetência de Curitiba, agora revista por oito ministros da Suprema Corte, fora negada por todos estes magistrados. Placar final: 12 a 8 contra o petista.
Contudo, o que vale, por óbvio, é a decisão do STF. Lula agora é um ex-tudo: ex-presidente, ex-presidiário, ex-corrupto e ex-lavador de dinheiro. Porém, continua sendo o que sempre foi, já que não existe ex-culpado neste caso. Que fique claro: o Supremo Tribunal Federal não inocentou o chefe do Zé Dirceu e do Antonio Palocci “et caterva”.
O bilontra do PT não foi considerado inocente por nenhum dos capas-pretas no julgamento. Apenas teve suas sentenças condenatórias anuladas, até que um outro juiz, de outra vara criminal, analisasse os processos e proferisse novo parecer. Se isto tivesse acontecido e o Lula tivesse sido de fato absolvido, aí, sim, ele e seus comparsas poderiam afirmar tal fato.
Como absolvição nos casos que o levaram à prisão é algo que nunca aconteceu, dizer que Lula é inocente, que uma injustiça foi cometida, que o STF restabeleceu a verdade e outras falácias do gênero, é tão somente a velha prática do lulopetismo em ação. É tão somente o padrão moral dessa gente guiando as línguas ferinas. Lula só será de fato inocente no dia em que boi voar de cabeça para baixo tocando gaita de fole.
*Com informações Ricardo Kertzman / IstoÉ