Erinaldo Silva
Os preços dos alimentos da cesta básica continuam em ascensão, conforme mostra o mais recente estudo do Laboratório de Engenharia Econômica (LECON) da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA). Em Mossoró, a escalada de preços foi sentida pelo quarto mês consecutivo, com a cesta básica essencial individual alcançando o valor médio de R$ 521,70, um aumento de 4,1% em relação ao mês anterior.
A inflação nos alimentos tem sido liderada por aumentos significativos no preço de itens como tomate, banana e açúcar. Por outro lado, alguns produtos básicos como carne, pão francês e feijão apresentaram quedas nos seus preços, oferecendo um leve alívio para os consumidores.
A variação de preços também pode ser observada entre as diferentes zonas da cidade. A Zona Sul de Mossoró registrou o preço mais alto para a cesta básica, atingindo R$ 525,38, enquanto a Zona Norte apresentou o menor valor, com R$ 516,61. A análise feita em aplicativos de compras aponta um valor médio ainda maior, chegando a R$ 530,65.
O estudo do LECON não se limita a Mossoró, abrangendo outras cidades da região. Em Caraúbas e Pau dos Ferros, os preços também aumentaram em relação ao mês anterior, enquanto Angicos foi a única das quatro cidades pesquisadas que registrou uma redução no custo médio da cesta.
Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a banana e o tomate estão entre os produtos que mais encareceram, não apenas em Mossoró, mas em grande parte do país. A banana viu seu preço subir em 15 das 17 regiões analisadas, muito devido à redução na oferta nas principais áreas produtoras. Similarmente, o tomate teve seu custo elevado em 14 regiões, impactado principalmente por condições climáticas adversas, como excesso de calor e chuvas intensas.
Esses dados ressaltam uma tendência de alta nos preços desses produtos essenciais, reforçando a necessidade de monitoramento contínuo e de políticas que possam mitigar o impacto dessa inflação sobre as famílias mais vulneráveis.
