A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofreu uma queda expressiva, atingindo apenas 24% de aprovação, segundo levantamento do instituto Datafolha. O índice representa o menor patamar registrado em seus três mandatos presidenciais.
Desde dezembro de 2024, a queda na avaliação positiva foi de 11 pontos percentuais, despencando de 35% para os atuais 24%. Paralelamente, a reprovação do governo também alcançou um patamar recorde, subindo de 34% para 41%.
O Datafolha ouviu 2.007 eleitores em 113 municípios nos dias 10 e 11 de fevereiro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Fatores que pesaram na queda de popularidade
O levantamento reflete o impacto da recente polêmica envolvendo a Receita Federal e o monitoramento de transações via Pix. Em janeiro, a normativa que previa fiscalização de movimentações acima de R$ 5 mil mensais gerou forte repercussão negativa, levando o governo a recuar e revogar a medida.
Além da crise do Pix, outros fatores têm sido apontados como determinantes para a queda da aprovação de Lula. A inflação dos alimentos continua pesando no bolso dos brasileiros, com aumentos sucessivos que afetam diretamente o custo de vida da população. A falta de entregas concretas do governo, com promessas ainda não cumpridas em diversas áreas, também tem gerado frustração entre os eleitores.
Outro fator relevante é a sequência de declarações polêmicas do presidente, que têm gerado reações negativas e ampliado o desgaste político. Com uma comunicação frequentemente desastrosa, Lula tem sido alvo de críticas tanto da oposição quanto de setores que anteriormente o apoiavam.
Outros institutos de pesquisa já indicavam um desgaste na imagem do presidente, mas os números do Datafolha representam a maior queda registrada até o momento. O conjunto desses fatores tem ampliado a insatisfação popular com o governo e pode continuar impactando a avaliação do presidente nos próximos meses.