Eryx Moraes
Os médicos que atuam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, ameaçam suspender os atendimentos caso os atrasos salariais não sejam resolvidos até fevereiro. A categoria cobra do Governo do Estado o pagamento dos vencimentos referentes a setembro e outubro de 2024, conforme acordo firmado com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), mas ainda não cumprido.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed-RN), Geraldo Ferreira, o compromisso previa a quitação dos valores em até 90 dias. No entanto, os salários continuam pendentes. “Infelizmente, esses atrasos têm sido repetitivos. Como chegamos em fevereiro, pelo acordo, deveríamos estar recebendo novembro, já com atraso. Mas eles (Sesap) não pagaram ainda nem setembro”, afirmou.
A categoria realizou uma assembleia para discutir a paralisação dos atendimentos na UTI do Hospital Regional Tarcísio Maia. Cerca de 40 médicos atuam diretamente na unidade.
Um ofício foi enviado informando que os profissionais iriam interromper suas atividades a partir do dia 6 de fevereiro, caso não houvesse uma definição imediata sobre o pagamento. A categoria estabeleceu o dia 10 de fevereiro como prazo final para o repasse de setembro e 26 de fevereiro para o débito de outubro.
A Sesap apresentou uma proposta de pagamento, mas a classe médica considerou a oferta inviável. “Recebemos um retorno informando que o pagamento de setembro seria feito até 10 de fevereiro, e o de outubro até 10 de março. Essa proposta não atende às nossas expectativas. Estamos aguardando uma nova proposta que contemple o pagamento de outubro até 26 de fevereiro. A Sesap ficou de nos dar um retorno até amanhã”, disse Ferreira.
Os médicos irão se reunir em nova assembleia nesta quarta-feira (5) para definir os próximos passos. “A data do pagamento de setembro deve ser aceita, porém, caso não haja a confirmação do pagamento referente a outubro até o dia 26, a categoria deverá paralisar as atividades na UTI a partir do dia seguinte. Tudo será decidido na assembleia”, concluiu o presidente do Sinmed-RN.
A Sesap confirmou que há uma negociação em andamento com a empresa responsável pela prestação do serviço, mas não detalhou os termos do acordo.
