O Banco do Nordeste (BNB) investiu R$ 4,5 bilhões em projetos no mercado livre de energia ao longo de 2024. A maior parte dos recursos foi direcionada para o setor de geração de energia fotovoltaica, com a aplicação beneficiando empreendimentos em toda a área de abrangência da instituição. Esse aporte resultou na geração de 1,6 GW de energia, consolidando o banco como um dos principais financiadores de energia limpa no Brasil.
A informação foi compartilhada por Aldemir Freire, diretor de Planejamento do BNB, durante sua participação no fórum Exame Renováveis, em São Paulo, no último dia 29. Freire destacou que o Banco está à frente na promoção de projetos sustentáveis, com foco em apoiar iniciativas inovadoras que impulsionem a transição energética no país. “Nosso objetivo é fomentar um modelo mais sustentável e competitivo para o setor energético”, afirmou.
Freire também abordou a importância do Nordeste no contexto das energias renováveis, destacando seu grande potencial solar e eólico. “A região tem condições excepcionais para se tornar protagonista no fornecimento de energia limpa. Precisamos aproveitar esta janela de oportunidade para impulsionar a economia local, gerando empregos e renda, e não apenas exportar energia”, completou.
Além de financiar projetos de energia renovável, o BNB oferece linhas de crédito como a FNE Verde, destinadas a apoiar iniciativas de energia sustentável. O Banco tem colaborado com outros bancos e organismos multilaterais para atender à crescente demanda do setor.
O fórum Exame Renováveis, promovido pela revista Exame, reuniu especialistas e lideranças do setor energético, discutindo as perspectivas de crescimento do mercado livre de energia no Brasil. O painel Mercado Livre de Energia contou também com a participação de Paulo Pedrosa, presidente da ABRACE, e Rodrigo Gelli, diretor técnico da PSR, que abordaram tendências, desafios e as políticas públicas em vigor no setor.
O mercado livre de energia no Brasil
O mercado livre de energia permite que consumidores, sejam empresas ou grandes consumidores, escolham seus fornecedores e negociem diretamente as condições de compra de energia, como preço, volume e prazo. Esse modelo favorece a competitividade e pode resultar em tarifas mais baixas, além de proporcionar maior flexibilidade na gestão do consumo.
Já no mercado regulado, a venda de energia é feita por distribuidoras, com tarifas fixadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), com base nos custos operacionais e regulatórios do setor.