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Barroso opta pelo ataque à mídia e desqualifica críticas ao STF, em vez de promover o diálogo

Presidente da Suprema Corte prefere o confronto a ouvir os questionamentos da sociedade

Foto: Reprodução

O artigo publicado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, no O Estado de S. Paulo, intitulado “O STF que o Estadão não mostra”, representa uma reação infeliz de quem parece não compreender a importância da crítica na democracia. Ao invés de adotar uma postura conciliadora e focada nas suas atribuições judiciais, Barroso se engaja em um confronto desnecessário com a imprensa, demonstrando uma intolerância inusitada com as opiniões divergentes.

O STF, ao contrário do que o presidente da Corte tenta nos fazer acreditar, não está imune à crítica. De fato, o Supremo tem se distanciado da população em várias questões, e suas decisões, muitas vezes, extrapolam os limites da sua competência, como é o caso do julgamento da prisão após condenação em segunda instância e da forma questionável com que o inquérito das fake news vem sendo conduzido. As críticas que o STF recebe não vêm apenas da imprensa, mas também de representantes da sociedade, como deputados, senadores e advogados, que expressam sua preocupação com o ativismo judicial da Corte.

Ao invés de refletir sobre as ponderações feitas por veículos como o Estadão, Barroso prefere atacar, chamando o jornal de “raivoso” e sugerindo que suas críticas alimentam um “ambiente de ódio institucional”. Este tipo de posicionamento revela um desprezo pelas vozes dissonantes e, ao mesmo tempo, uma tentativa de silenciar aqueles que discordam das decisões da Corte. O STF não deve ser visto como uma entidade infalível, mas como um órgão que está a serviço da sociedade e que, portanto, deve ser constantemente fiscalizado e criticado quando necessário.

A postura de Barroso se reflete em uma tentativa de impor um monólogo judicial, em que o Supremo não apenas decide o que é correto, mas também desqualifica as críticas, ignorando a pluralidade de opiniões que, na democracia, é fundamental para o aprimoramento das instituições. Este comportamento não é apenas uma falha de comunicação, mas uma tentativa de silenciar a liberdade de expressão em nome de um suposto “bem maior”, que no fundo, parece mais um resquício de um poder absoluto do que a verdadeira busca pela justiça.

Em vez de atacar veículos de comunicação ou desqualificar aqueles que questionam as ações da Corte, Barroso poderia se concentrar em ouvir e refletir sobre as críticas construtivas. Como mencionou o ex-ministro Joaquim Barbosa em uma célebre discussão com Gilmar Mendes, o STF precisa estar mais em sintonia com os anseios da população, e não se enclausurar em suas torres de marfim, distantes da realidade do país. Não é o jornalismo, mas a falta de sensibilidade e autocrítica dentro da própria Corte, que alimenta um ambiente de desconfiança.

Ao invés de defender seu trabalho com ataques, Barroso deveria investir naquilo que realmente importa: um diálogo transparente e respeitoso com a sociedade, reconhecendo que as críticas, muitas vezes, são um reflexo das preocupações legítimas do povo brasileiro. Só assim, o Supremo poderá restaurar a confiança da população e voltar a ser um verdadeiro pilar da justiça no país.

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Written by Eryx Moraes

Eryx Moraes é um jornalista potiguar de destaque, nascido em 25 de março de 1985 em Felipe Guerra, RN. Com uma carreira brilhante e apaixonado pela comunicação, ele se tornou influente na região, conquistando o respeito dos mossoroenses e sendo agraciado com a cidadania mossoroense. Sua experiência inclui passagens por rádios e jornais impressos, abordando com competência temas diversos, desde política e economia até outros assuntos.

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