O presidente Jair Bolsonaro falou com exclusividade ao Blog sobre o atentado sofrido pela vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na quinta-feira (1º) em Buenos Aires. O autor foi um jovem brasileiro.
— Vejo com preocupação, a gente não quer isso pra ninguém. Eu passei por um momento difícil em 2018 quando quase fui a óbito. Apesar das minhas divergências com a vice Argentina, não desejo isso pra ela. Espero que o caso seja devidamente apurado e, felizmente, o cara não sabia manusear arma de fogo. Então fica de experiência, me advertiram sobre isso também no Brasil, mas é o risco que nós temos que correr.
O presidente pediu ainda que tudo seja apurado, segundo ele, diferentemente de quando foi vítima da facada em Juiz de Fora (MG) em 2018.
— Lamentamos esse episódio e que se apure, diferente do que foi feito comigo em 2018, que dadas todas as evidências, que ele foi mandado dar aquela facada em mim, houve uma pressão enorme para que o inquérito não fosse pra frente.
As declarações foram dadas em Esteio, região metropolitana de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. O presidente visita uma exposição agropecuária na cidade, a Expointer. À noite, terá um jantar privado e vai ao estádio assistir à partida do Grêmio. Bolsonaro permanece no Rio Grande do Sul até sábado (3).
Entenda o caso
A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofreu um ataque com arma de fogo na noite de quinta-feira (1º) e saiu ilesa. De acordo com o ministro da Segurança do país, Aníbal Fernández, o homem seria Fernando Andrés Sabag Montiel, um brasileiro de 35 anos. A arma utilizada por ele foi encontrada a poucos metros da casa de Kirchner.
O incidente ocorreu na entrada da casa de Cristina Kirchner em Buenos Aires, onde centenas de manifestantes se reúrem há dias para apoiar a vice-presidente em meio a um julgamento por corrupção. O brasileiro chegou a apontar na direção da cabeça da política, mas a arma falhou no momento do disparo.
R7