O Google divulgou nesta quarta-feira (31) um estudo em que mostra os principais desafios do mercado de tecnologia da informação (TI) no Brasil. Segundo a empresa, o país terá um déficit de 530 mil profissionais da área até 2025.
O relatório, produzido em parceria com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), aponta que 53 mil profissionais irão se formar entre 2021 e 2025, mas a demanda por novos talentos nesse período será de 800 mil, segundo a associação das empresas de tecnologia, a Brasscom.
“O resultado é um déficit de 530 mil profissionais, evidenciando ainda mais o desequilíbrio entre oferta de trabalho e talentos disponíveis”, diz o Google. “A falta de habilidades digitais do Brasil o coloca na terceira posição entre os países do G20 que mais desperdiçam a oportunidade de aumentar o PIB”.
O levantamento também mostra que 92% das startups participantes do estudo acreditam que faltam profissionais de tecnologia no Brasil e que isso gera impacto na inovação de seus negócios, podendo até prejudicar a sobrevivência das empresas.
O que tem gerado a escassez
O Google diz que ouviu startups, executivos e profissionais da área que listaram os motivos que geram a escassez de mão de obra qualificada no setor. Alguns causadores são:
- o ensino de pensamento lógico está defasado nas escolas brasileiras;
- existem grandes barreiras para pessoas negras e mulheres no mercado de tecnologia;
- o mercado de TI no Brasil não desenvolve o número de profissionais seniores que deveria;
- a dificuldade de conseguir o primeiro emprego em tecnologia faz com que os jovens busquem outras áreas;
- existem grandes limitações para pessoas de regiões distantes dos grandes centros do país;
- existem condições muito mais atrativas internacionalmente, esvaziando o mercado nacional.
Segundo o estudo, as áreas que apresentam os maiores déficits globais de talentos são segurança da informação, inteligência artificial, arquitetura de nuvem e organização de T.I. Automação, respectivamente.
Para André Barrence, diretor do Google for Startups para a América Latina, “são muitas vagas e poucos profissionais qualificados para atender às atuais necessidades do mercado”.
g1