A Câmara dos Deputados intensifica uma ofensiva política contra o Supremo Tribunal Federal (STF), buscando o apoio das prefeituras para destravar o pagamento das emendas parlamentares. A questão, que encerrou 2024 como um dos principais impasses políticos, promete dominar as discussões no início de 2025, em meio à posse de novos prefeitos e ao reinício das gestões municipais.
Deputados defendem que o bloqueio das emendas, determinado pelo STF, afeta diretamente a administração municipal, prejudicando o custeio de serviços essenciais como saúde e educação, além de paralisar obras importantes. A estratégia da Câmara é engajar prefeitos, beneficiários diretos desses repasses, em um “movimento federativo” que pressione o Supremo a rever sua decisão.
Nas prefeituras de baixa arrecadação, onde os repasses das emendas são cruciais, o discurso ganha ainda mais força. Muitos prefeitos apontam a falta de recursos como um entrave para o início de suas gestões, e atrasos na execução de projetos podem ser atribuídos à suspensão das verbas, reforçando o tom de urgência.
Favorito à presidência da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) tem buscado equilibrar diálogo e firmeza. Apesar de defender a cooperação entre os poderes, Motta reconhece que a disputa pelas emendas continuará sendo um desafio. Recentemente, ele deixou Brasília para articular apoios políticos em sua base na Paraíba, reafirmando seu compromisso em evitar que conflitos prejudiquem o país.
A união entre deputados e prefeitos pode se tornar uma ferramenta poderosa para pressionar o STF, marcando o início de 2025 com intensos embates entre os poderes e debates sobre o papel das emendas parlamentares no equilíbrio federativo.