Um trágico acidente aéreo chocou Washington, D.C., na noite de quarta-feira (29), quando um avião comercial da American Airlines colidiu com um helicóptero militar próximo ao aeroporto Ronald Reagan, um dos principais da capital dos Estados Unidos. As duas aeronaves caíram no rio Potomac, e as operações de resgate foram transformadas em ações de recuperação de corpos, após a confirmação de que não houve sobreviventes.
O acidente envolveu um jato bimotor Bombardier CRJ-700, operado pela PSA Airlines, subsidiária da American Airlines, que estava a caminho de Washington, após decolar do aeroporto de Wichita, no Kansas, com 64 pessoas a bordo, incluindo 60 passageiros e quatro tripulantes. O voo, que tinha como destino a capital americana, percorria um trajeto de 1.785 km e deveria pousar por volta das 21h, horário de Brasília.
O impacto ocorreu quando o CRJ-700, já próximo à cabeceira do aeroporto Ronald Reagan, colidiu com um helicóptero Sikorsky UH-60 Black Hawk do Exército dos EUA, que transportava três tripulantes. A colisão aconteceu em pleno voo, a poucos metros da área de aterrissagem. Durante as comunicações com o controle de tráfego aéreo, o helicóptero não respondeu a um questionamento sobre a separação de segurança entre as aeronaves, conforme revela um áudio da torre de controle.
O chefe do Corpo de Bombeiros e Serviços Médicos de Emergência de Washington, John Donnelly, informou na manhã desta quinta-feira (30) que, até o momento, foram recuperados 27 corpos do avião e um do helicóptero. Com as buscas já em andamento desde o momento do acidente, ele afirmou que a profundidade do rio Potomac, de apenas 2,5 metros, dificulta ainda mais as operações, que ocorrem em águas escuras, turvas e com pedaços de gelo.
As condições climáticas foram severas no momento da colisão. Washington enfrentava temperaturas próximas de 0ºC e ventos que superavam 40 km/h. A água gelada do rio, com temperaturas entre 0ºC e 4ºC, representava um grande desafio para possíveis sobreviventes, já que as chances de sobrevivência em tais condições são mínimas, com os corpos sendo rapidamente levados por correntes fortes.
A tragédia provocou a suspensão das operações no aeroporto Ronald Reagan, localizado a poucos quilômetros da Casa Branca. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu duas declarações sobre o acidente. Na primeira, expressou suas condolências às famílias das vítimas e elogiou os esforços dos socorristas. Na segunda, questionou as falhas de comunicação entre a torre de controle e o helicóptero, sugerindo que a tragédia poderia ter sido evitada.
Enquanto isso, as investigações seguem em curso. A Federal Aviation Administration (FAA) e o National Transportation Safety Board (NTSB) estão analisando imagens do momento da colisão e as gravações das conversas entre pilotos e controladores de voo. O CEO da American Airlines, Robert Isom, também se manifestou, expressando “profunda tristeza” pelo ocorrido e assegurando que a companhia está focada em fornecer apoio às famílias das vítimas e informações claras sobre o caso.
O Sindicato dos Policiais de Washington compartilhou uma mensagem nas redes sociais, pedindo orações pelas vítimas e seus familiares e elogiando o trabalho árduo dos socorristas, que enfrentam condições desafiadoras para localizar todos os corpos e fornecer a devida assistência. A cidade se recupera do abalo causado por uma das maiores tragédias aéreas da história recente.