A Assembleia Geral da ONU adotou nesta quarta-feira (2) uma resolução que “exige” que a Rússia se retire “imediatamente” da Ucrânia, em uma forte repreensão à invasão de Moscou pelo órgão global encarregado de paz e segurança.
Após mais de dois dias de debate extraordinário, 141 dos 193 Estados-membros votaram a favor da resolução não vinculativa, incluindo nações como Alemanha, Argentina, Estados Unidos e Reino Unido.
Dos membros do Brics — grupo formado por África do Sul, Brasil, China, Índia e Rússia —, apenas o Brasil votou a favor da resolução da ONU. Além da Rússia, que foi contra, os outros três países emergentes preferiram se abster na votação.
Apenas quatro países votaram em prol da Rússia na ONU: Belarus, Coreia do Norte, Eritreia e Síria.
O texto aprovado, promovido por europeus e pela Ucrânia, “deplora nos termos mais fortes a agressão da Federação da Rússia contra a Ucrânia”, em violação ao artigo 2 da Carta das Nações Unidas, que proíbe recorrer à ameaça ou ao uso da força e insta todos os membros a respeitarem a soberania, a integridade territorial e a independência política de qualquer Estado.
A Assembleia Geral da ONU se reuniu na segunda-feira (28) em caráter excepcional para obter uma condenação da invasão russa da Ucrânia, que terminou nesta quarta-feira com a votação da resolução após o fracasso de um texto similar no Conselho de Segurança na sexta-feira (25) passada com um veto da Rússia.
O embaixador da União Europeia na ONU, Olof Skoog, disse ao final da votação que esta mostra que “o mundo está com a Ucrânia” e o “isolamento” da Rússia.
“Isto é sobre se escolhemos tanques e mísseis ou diálogo e diplomacia”, afirmou. “A Rússia optou pela agressão. O mundo, pela paz”, disse.
R7