O tema da corrupção vai entrar na campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como pauta secundária e, principalmente, de reação às cobranças sobre os escândalos nos governos do partido.
O discurso será de que foi o PT que criou mecanismos anticorrupção e que a Lava Jato agiu de forma ilegal. De proposta concreta, até o momento, só a de revisar a Lei da Ficha Limpa – que barra a candidatura, dentre outros, de condenados por corrupção. E, paralelamente, a campanha petista vai afirmar que o governo de Jair Bolsonaro (PL) não é transparente; e usará os decretos de sigilo de informações da atual gestão como arma contra o presidente.
O plano de governo de Lula, protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirma que os governos do PT foram responsáveis pela instituição de “uma política de Estado de prevenção e combate à corrupção e de promoção da transparência e da integridade pública”.
“Criamos a Controladoria-Geral da União, a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA) e fortalecemos a Polícia Federal, o Coaf, a Receita Federal e diversos órgãos e carreiras de auditoria e fiscalização”, diz o texto do PT.
Além disso, o plano de governo de Lula diz, sem citar nominalmente a Lava Jato, que “vai assegurar, com base nos princípios do Estado Democrático de Direito, que os instrumentos de combate à corrupção sejam restabelecidos, respeitando o devido processo legal, de modo a impedir a violação dos direitos e garantias fundamentais e a manipulação política”. Lula argumenta que a força-tarefa de Curitiba violou seus direitos.
Gazeta do Povo