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O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, afirmou em entrevista à imprensa que a chamada “taxa das blusinhas” foi a principal responsável pelo prejuízo de R$ 2,2 bilhões registrado pela estatal em 2024. A expressiva queda nas importações, após a implantação da taxa de 20% sobre compras internacionais abaixo de US$ 50 no programa Remessa Conforme, teria impactado severamente as finanças da empresa.
Com essa nova tributação, além dos 60% cobrados sobre produtos importados acima de US$ 50 e a incidência do ICMS estadual de 20% em todas as faixas, o volume de encomendas internacionais caiu de forma significativa. Como resultado, o prejuízo total dos Correios alcançou R$ 3,2 bilhões em 2024, o maior rombo financeiro da história da estatal.
No entanto, especialistas do setor apontam que os números apresentados pelos Correios podem estar inflacionados. Estimativas mais conservadoras indicam que o impacto real da queda nas importações estaria entre R$ 500 milhões e R$ 700 milhões. Isso porque, no auge do comércio internacional em 2021, a receita gerada pelo transporte de importações atingiu R$ 1,5 bilhão.
A empresa, porém, reforça que vem investindo para garantir sua sustentabilidade. De acordo com os Correios, entre 2019 e 2021, a média de investimentos foi de R$ 345 milhões por ano, considerada insuficiente para manter a estabilidade da estatal. Nos anos seguintes, entre 2022 e 2024, os investimentos foram ampliados, elevando a média anual para R$ 750 milhões.
A atual gestão também destaca que assumiu os Correios com um déficit de quase R$ 1 bilhão herdado do governo anterior. Apesar da queda nas importações, a Receita Federal confirmou um aumento de 40% na arrecadação devido à cobrança de impostos sobre as compras internacionais.