Em meio a mais um episódio de falhas no sistema de abastecimento, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) enfrenta críticas e questionamentos pela terceirização do conserto do Poço-6, em Mossoró-RN. O defeito, detectado no início de dezembro, tem gerado transtornos significativos para os moradores dos bairros afetados, como Aeroporto I e II, parte de Nova Betânia e Bela Vista.
A empresa terceirizada contratada pela Caern está encarregada da delicada tarefa de corrigir o problema, alegadamente complexo devido à profundidade do poço. Enquanto a Companhia garante adotar ações operacionais emergenciais para assegurar o abastecimento nas áreas impactadas, a população local sofre com a interrupção do serviço.
A Caern, em nota, explicou que o conserto do Poço-6 demanda uma operação intrincada, realizada a mil metros de profundidade. O procedimento inclui a retirada de todas as colunas do subsolo, com o uso de guindaste, seguida pela instalação de um novo revestimento através de uma sonda. A empresa ressalta as dificuldades inerentes a esse tipo de manutenção e afirma que nos próximos dias será divulgada uma previsão de conclusão do serviço.
Contudo, as críticas surgem pela aparente falta de um plano de contingência eficaz para lidar com situações emergenciais como essa, evidenciando uma fragilidade na infraestrutura e no planejamento da Companhia. A demora na resolução do problema suscita dúvidas sobre a eficácia das medidas preventivas adotadas pela Caern e sobre a capacidade de resposta diante de imprevistos.
Enquanto a população aguarda ansiosamente pelo restabelecimento do serviço, a gestão da Companhia de Águas do RN se encontra sob escrutínio, levantando questões sobre a eficiência das parcerias terceirizadas e sobre a capacidade de antecipação e enfrentamento de desafios cruciais para a manutenção do abastecimento de água na região.