O dólar voltou a registrar alta nesta quinta-feira (26), alcançando R$ 6,1917, um movimento que ocorreu apesar das tentativas do Banco Central do Brasil (BC) de conter a valorização da moeda norte-americana por meio de leilões. No leilão realizado nesta data, o BC vendeu a oferta integral de US$ 3 bilhões à vista, uma ação que visa aumentar a oferta de dólares no mercado e, teoricamente, diminuir sua cotação.
Contudo, o movimento não foi suficiente para segurar a ascensão do dólar, que já acumulava uma alta de 1,87% na semana e de 3,08% no mês, refletindo uma valorização de 27,47% no ano. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, apresentou uma leve queda de 0,06% nesta manhã, o que reflete a volatilidade do mercado neste período de fim de ano, quando a atividade econômica tende a ser mais baixa devido ao feriado de Natal.
A combinação de uma agenda econômica esvaziada no Brasil e uma crescente preocupação com o cenário fiscal brasileiro tem mantido o mercado atento ao desenrolar de questões internas e internacionais. A crise fiscal do país continua a preocupar, especialmente após a tramitação do pacote de cortes de gastos, que, segundo analistas, não foi suficiente para garantir as metas fiscais do governo. Além disso, o mercado externo também exerce pressão, com a China anunciando novos estímulos econômicos, o que impacta diretamente o cenário global.
A pressão sobre o real não deve diminuir tão cedo, uma vez que as incertezas fiscais e políticas continuam a desafiar o governo brasileiro, e as perspectivas de aumento de gastos ainda são um tema sensível no Brasil.