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Especializado em captura de pessoas, cão farejador de Mato Grosso chega ao RN para auxiliar buscas por fugitivos da Penitenciária de Mossoró

Dois agentes desembarcaram na Grande Natal na manhã desta quarta-feira (6) acompanhados do cachorro Fúria, a fim de atuar nas buscas no Oeste potiguar.

Cão fúria, da polícia penal do Mato Grosso, será usado em buscas por fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró — Foto: Inter TV Cabugi/Reprodução

Dois policiais penais especializados em operações especiais e um cão farejador da raça pastor-belga-malinois do Mato Grosso, chegaram ao Rio Grande do Norte no fim da manhã desta quarta-feira (6) para reforçar as buscas por Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró no dia 14 de fevereiro, na primeira fuga da história do sistema prisional federal, criado em 2006.

Os agentes e os cachorro desembarcaram em Natal em um voo comercial e vão viajar para Mossoró em uma viatura da Polícia Penal do Rio Grande do Norte ainda nesta quarta (6). A distância entre as duas cidades é de aproximadamente 280 km.

Segundo o governo do Mato Grosso, o cão Fúria é treinado para buscas e captura de humanos, inclusive em áreas de mata. Aos sete anos, o cachorro tem um “currículo” extenso, com treinamentos também para incursões internas nos presídios.

As operações mais recentes das quais o cão participou foram buscas e captura de fugitivos do Presídio de Água Boa (650 km de Cuiabá), e a apreensão de 360 kg de droga, no ano passado. A droga estava escondida em compartimentos de um caminhão.

A equipe viajou ao Rio Grande do Norte a pedido da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). Outros cães farejadores são utilizados nas buscas, além de drones com sensores térmicos, helicópteros e outros aparelhos.

Policiais penais e cão farejador do Mato Grosso chegam ao Rio Grande do Norte para reforçar buscas por fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró. — Foto: Inter TV Cabugi
Policiais penais e cão farejador do Mato Grosso chegam ao Rio Grande do Norte para reforçar buscas por fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró. — Foto: Inter TV Cabugi

“Ele é um cão treinado para recaptura de pessoas foragidas e faro de entorpecentes. A gente vai usar ele no máximo da qualidade que ele tem, e desempenho, para ajudar nessa operação”, afirmou o policial penal Jezial Marques, do Mato Grosso.

O médico-veterinário Saul Cortez explica que a raça tem características que garantem uma grande capacidade olfativa.

“Formação de focinho, abertura de narinas, todos os turbilhões nasais. A estrutura fisiológica desse animal permite que ele tenha um olfato muito aguçado, muito superior a outras raças de cães farejadores também. Outra característica é que é um animal inteligente, domável, recebe instrução de maneira fácil e consegue identificar exatamente o faro que o instrutor quer que ele identifique. É um animal resistente e com muito vigor, que consegue transpor obstáculos de maneira fácil”, disse.

As buscas estão concentradas na área rural de Baraúna, cidade vizinha a Mossoró e que faz divisa com o Ceará. A operação para recaptura envolve mais de 600 agentes de segurança, que atuam de forma integrada. São policiais federais, rodoviários federais, militares e civis, além da Força Nacional.

Cerco

As pistas deixadas pelos fugitivos e confirmadas pela força-tarefa foram todas na zona rural das cidades de Mossoró e Baraúna (veja mais abaixo a cronologia).

O cerco ganhou novas informações na última quinta-feira (29) após agricultoras relatarem ter visto dois homens em uma plantação de bananas. A força-tarefa confirmou que eram os fugitivos.

No domingo (3), houve um novo cerco em uma fazenda na cidade de Baraúna, onde moradores disseram ter visto os dois durante a madrugada. De acordo com investigadores, os fugitivos teriam invadido um galpão agrícola na propriedade.

As outras pistas deixadas ao longo dos dias de buscas foram a invasão a duas casas e a descoberta de uma chácara usada pelos criminosos como esconderijo – o dono do local foi preso suspeito de auxiliar na fuga.

A procura é dificultada pelo território onde a polícia acredita que estão os foragidos, já que o trecho tem mata fechada, cavernas e animais peçonhentos.

Casa onde investigadores acreditam que fugitivos podem ter ficado durante alguns dias depois da fuga da Penitenciária Federal de Mossoró — Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi
Casa onde investigadores acreditam que fugitivos podem ter ficado durante alguns dias depois da fuga da Penitenciária Federal de Mossoró — Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi

A Polícia Federal anunciou uma recompensa de até R$ 30 mil para quem tiver informações sobre o paradeiro dos fugitivos. Os canais para dar informações são:

  • ligar para o Disque-Denúncia, através do telefone 181;
  • entrar em contato pelo WhatsApp através do número (84) 98132-6057;
  • enviar e-mail para disquedenuncia181@defesasocial.rn.gov.br;
  • acessar o app Segurança Cidadã, do governo do RN.
Esconderijo usado por foragidos foi encontrado na mata — Foto: Reprodução/GloboNews
Esconderijo usado por foragidos foi encontrado na mata — Foto: Reprodução/GloboNews

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Written by MOSSORÓ NEWS

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