A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta terça-feira (24), em Petrópolis (RJ), o ex-deputado federal Daniel Silveira. Colocado em liberdade condicional na última sexta-feira (20), Silveira retorna ao regime fechado quatro dias depois por descumprir as medidas judiciais impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Silveira será encaminhado à Superintendência da PF no Rio de Janeiro e, posteriormente, transferido para o presídio.
Na decisão que concedeu a liberdade condicional, o ministro Alexandre de Moraes determinou diversas condições, incluindo o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica. O ex-deputado também estava proibido de entrar em contato com pessoas envolvidas no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Outras restrições incluíam o uso de redes sociais, aplicativos de mensagem, participação em cerimônias e entrevistas à imprensa.
Após a decisão de liberdade condicional, a defesa de Silveira havia criticado as condições impostas, classificando-as como um “livramento compulsório”. Em nota, os advogados afirmaram que as medidas eram comparáveis a uma situação de “solto-preso” e que não representavam um ato de boa vontade do ministro, mas uma obrigação legal.
A defesa do ex-deputado ainda não se pronunciou sobre sua nova prisão.