A 18ª Feira Nacional do Camarão (FENACAM 2022) será aberta oficialmente nesta terça-feira, 15, às 19 horas, no Centro de Convenções de Natal. O evento segue até a próxima sexta-feira, 18, organizada pela Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (SAPE-RN).
A programação da Fenacam contempla a realização do 18º Simpósio Internacional de Carcinicultura; XIV Simpósio Internacional de Aquicultura; 17° Festival Gastronômico de Frutos do Mar; 17º Conjunto de Sessões Técnicas e Cientificas – Aquicultura e Carcinicultura e a 17ª Feira Internacional de Serviços e Produtos para a Aquicultura.
Os organizadores estimam que a Fenacam deste ano terá um público de cerca de 5 mil visitantes e mais de 200 empresas expositoras (nacionais e internacionais).
Recuperação
Entre 2003 e 2004, as exportações de camarão do Brasil representavam aproximadamente 78% do destino da produção nacional. O país chegou a liderar o comércio de camarões, nas classificações pequenas e médias, com os Estados Unidos (21,7 mil toneladas), em 2003, e de camarões tropical, com a União Europeia (39,0 mil toneladas), em 2004.
Desvalorização cambial e ação antidumping, imposta pelos EUA, levaram à perda de competitividade (principalmente, em relação ao Equador e a China). Tudo isso, somado aos preços favoráveis do mercado interno, está entre os fatores que reduziram sobremaneira as exportações brasileiras e ampliaram a participação do mercado brasileiro, que, em poucos anos, passou a consumir todo o camarão produzido em território nacional.
Com muito esforço dos produtores e da ABCC, em 2021, mesmo com a pandemia, houve um ensaio para o retorno das exportações. A Ásia como principal destino. Em 2021, o Rio Grande do Norte produziu 40 mil toneladas de camarão, a imensa maioria (quase 90%) destinada ao mercado interno. A produção nacional atingiu 150 mil toneladas. O RN é o segundo maior produtor do país, atrás do Ceará, que produziu 90 mil toneladas do crustáceo no ano passado.
O total comercializado, segundo informações da ABCC, chegou a 320 toneladas, que rendeu 1,5 milhão de dólares. A expectativa para 2022 e 2023 é ampliar o volume comercializado e voltar a participar de forma mais expressiva do gigantesco mercado internacional, que gera 30 bilhões de dólares por ano, segundo informou Itamar Rocha, presidente da ABCC.
“O Camarão brasileiro precisa urgentemente retornar ao mercado internacional”, enfatiza Itamar. “Exportamos apenas 320 toneladas (que gerou 1,5 milhão de dólares), em 2021, um volume ínfimo se comparado às exportações do Brasil (58.455 toneladas / US$ 226 milhões), em 2003, e às do Equador (841.722 toneladas / US$ 5,087 bilhões), em 2021”.
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