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A nova administração de Afonso Bezerra, sob o comando do prefeito Haroldo de Jango (União Brasil), inicia-se de forma tumultuada por polêmicas e preocupações, especialmente no setor da educação. Pais, alunos e professores vivem um cenário de incerteza quanto ao ano letivo, diante das decisões controversas que marcaram os primeiros dias da gestão.
O maior impasse ocorre na anulação das nomeações dos professores aprovados no concurso público e na suspensão do próprio certame. A polêmica e controversa medida levou em consideração apontamentos do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE-RN), que teria identificado possíveis irregularidades na convocação de candidatos além das vagas previstas no edital e na ausência de um estudo de impacto orçamentário. No entanto, em vez de buscar corrigir os possíveis erros e garantir a posse dos profissionais, a gestão optou por anular tudo, deixando a comunidade escolar sem respostas concretas.
A incerteza só aumenta quando se observa que a nova administração mantém velhas práticas que já foram alvo de críticas e questionamentos. Em julho de 2024, o Ministério Público do RN recomendou a rescisão do contrato da prefeitura com a COOPEDU, cooperativa responsável por fornecer quase 200 profissionais da educação sem concurso público. O objetivo era dar lugar aos aprovados no certame, assegurando mais transparência e estabilidade no quadro docente. No entanto, a anulação das nomeações e a suspensão do concurso indicam que o modelo de contratações temporárias pode continuar, ampliando as suspeitas de ingerência política na gestão da educação.
Com isso, a comunidade escolar segue sem garantias sobre a reposição de professores, enquanto a prefeitura não apresenta um plano claro para resolver a situação. O risco de salas de aula desfalcadas e de um ensino comprometido preocupa pais e alunos, que esperavam uma administração comprometida com a melhoria da educação, mas encontram um ambiente de instabilidade e incerteza.
Diante desse cenário, fica a dúvida: a nova gestão está realmente disposta a romper com práticas antigas e construir uma educação de qualidade ou apenas reproduz a velha política de improvisos e interesses próprios? A resposta, até agora, tem sido o silêncio da prefeitura e a insegurança da população.