O futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou neste sábado (17) que o governo do presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terá 37 ministérios. Atualmente, 23 pastas compõem a administração do governo federal.
Ampliar a quantidade de ministérios foi uma promessa que Lula fez ao longo da campanha deste ano. Depois de eleito, aliados dele informaram que a Esplanada poderia ter entre 33 e 35 pastas. Contudo, segundo Costa, o presidente eleito decidiu finalizar a estrutura da gestão dele com 37 ministérios.
De acordo com o futuro ministro da Casa Civil, o governo do petista não vai ampliar os gastos públicos por causa da quantidade de ministérios.
“Nós vamos buscar melhorar a representatividade, através dos ministérios, com o simbolismo onde diversos segmentos querem se ver representados no governo, e sem, com isso, implicar em aumento do gasto público”, afirmou.
“Foi um pedido do presidente, que foi, ao desmembrar os ministérios, não haver ampliação de cargos. Ou seja, o custo e o volume de gastos se mantêm independente da quantidade de ministérios”, acrescentou.
Costa não anunciou o nome de todos os ministérios, mas antecipou algumas pastas, como Pesca, Cidades, Esporte e Povos Originários.
Além disso, o futuro ministro disse que o Ministério da Infraestrutura será desmembrado para dar lugar às pastas de Transportes (que ficará responsável por rodovias e ferrovias) e de Portos e Aeroportos.
Ainda de acordo com Costa, o Ministério da Economia será dividido em quatro novas pastas: Fazenda, Planejamento, Gestão e Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Até o momento, Lula já anunciou os nomes de cinco ministros. Além de Costa, foram confirmados os nomes de Fernando Haddad (Fazenda), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), José Múcio Monteiro (Defesa) e Mauro Vieira (Relações Exteriores). Além disso, o presidente eleito escolheu Aloizio Mercadante como futuro presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Perto de recorde histórico
Com 37 ministérios, Lula vai se aproximar da quantidade recorde de pastas vinculadas ao governo federal registrada no segundo mandato de Dilma Rousseff (PT), quando a Esplanada contou com 39 pastas.
Na avaliação de especialistas, o inchaço na Esplanada deve servir para que Lula acomode aliados políticos de outros partidos. Neste ano, o petista montou uma coligação formada por 10 agremiações para concorrer nas eleições (PCdoB, PV, PSB, PSOL, Rede, Solidariedade, Avante, Agir, PROS e o próprio PT). Já durante os trabalhos do governo de transição, ele convidou parlamentares de PSD, MDB e PDT para auxiliar.
R7