A decisão da Azul Linhas Aéreas de encerrar suas operações no Aeroporto Dix-Sept Rosado, prevista para março deste ano, gerou grande preocupação nos setores hoteleiro, turístico e na sociedade mossoroense. A saída recente da VoePass da região e a notícia de que a Azul também descontinuará os voos entre Mossoró e as capitais Natal e Recife deixam a cidade sem voos comerciais regulares, o que representa um duro golpe para o turismo e a economia local.
No entanto, o Governo do Rio Grande do Norte está tomando medidas para evitar o impacto negativo dessa descontinuidade. No último dia 9, representantes do Governo do RN, incluindo as equipes da Setur/RN e da Emprotur, se reuniram com a Infraero para discutir o andamento das obras de melhorias e modernização do Aeroporto Dix-Sept Rosado, já em execução. Com investimentos de R$ 60 milhões, as intervenções incluem a ampliação da pista de pouso e a reforma do terminal de passageiros, o que visa aumentar a capacidade de recepção de aeronaves e garantir a continuidade dos voos comerciais.
A governadora Fátima Bezerra tem destacado a importância desses investimentos para consolidar Mossoró como um polo de negócios e turismo. “Estamos trabalhando para que o Aeroporto Dix-Sept Rosado seja mais do que um terminal funcional. Queremos que ele seja um motor de desenvolvimento para o turismo e os negócios no Estado”, afirmou a governadora.
O consultor de turismo e eventos Oberi Penha também se mostrou otimista quanto à continuidade dos voos comerciais. Ele acredita que, apesar da saída da Azul, ainda há possibilidade de retomada de diálogo com a companhia, especialmente diante dos investimentos realizados no aeroporto. Além disso, a possibilidade de a Gol Linhas Aéreas iniciar operações em Mossoró traz uma perspectiva positiva para a cidade, que possui alternativas para garantir sua conectividade aérea.
Para Oberi, um aeroporto ativo é essencial para o desenvolvimento econômico, especialmente para o turismo de negócios e eventos, que têm se consolidado fortemente em Mossoró nos últimos anos. “Sem voos comerciais regulares, Mossoró perde competitividade, e o impacto no turismo será significativo”, alertou.
A expectativa é que as negociações com as companhias aéreas e os esforços do Governo do RN assegurem que Mossoró não fique isolada, garantindo a continuidade do crescimento econômico e o fortalecimento do turismo local.