Carlos Fávaro, ministro da agricultura, disse que o governo estuda aumentar o teor obrigatório de etanol na gasolina. A proporção pode passar dos atuais 27,5% para 30%. A fala ocorreu na quarta-feira 17, durante o 1º Congresso da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho).
“Já está no radar do governo brasileiro, do presidente Lula, do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a adição obrigatória de 30% do etanol na gasolina”, afirmou na Abramilho. “Há toda uma conjuntura a ser estudada ainda, mas é uma grande possibilidade.”
O grão de milho figura como um dos tipos de matéria-prima para a produção do biocombustível. As plantações da cultura têm cada vez mais espaço no Brasil. Esse vegetal é o segundo mais produzido pela agricultura nacional (perde apenas para a soja ― o carro-chefe do agronegócio do país).
A expansão das lavouras aumentou a oferta do cereal, o que pressionou os preços para baixo. O aumento do teor do etanol na gasolina aparece como uma das medidas que o governo estuda para elevar a demanda. “Isso consequentemente aumenta o consumo de milho para puxar os preços um pouco para cima e garantir estabilidade aos produtores”, afirmou Fávaro.
O etanol na gasolina
Dos tipos de etanol, dois são para alimentar os motores dos veículos: o anidro e o hidratado. A variação está ligada à quantidade de água na mistura e a como ele deve ser utilizado.
O hidratado carburante tem cerca de 96% de pureza, sendo o restante de água. Esse tipo vai diretamente para o tanque do veículo. Para a mistura na gasolina, é usado o etanol anidro ― com, no máximo, 1% de impureza.
Revista Oeste