A mais recente pesquisa do Ipec revela um cenário desafiador para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Entre oito áreas essenciais avaliadas, apenas em Educação a gestão atual consegue obter uma avaliação positiva que supera a negativa. Nesta área, 38% dos entrevistados classificam o governo como ótimo ou bom, contra 31% que o consideram ruim ou péssimo.
Contrastando com este modesto sucesso, as avaliações em outras áreas essenciais são preocupantes. No combate à inflação e na saúde, por exemplo, as taxas de desaprovação alcançam 46% e 42%, respectivamente. Tais números refletem um descontentamento palpável com as medidas econômicas e de saúde pública adotadas pelo governo.
Na segurança pública e no combate ao desemprego, os números também não são favoráveis, com avaliações negativas superando as positivas em 42% contra 27%, e 39% contra 26%, respectivamente. Estes dados sugerem uma percepção de ineficácia nas políticas de segurança e geração de empregos.
A política externa e o combate à fome e à pobreza, apesar de menos críticos, ainda mostram uma divisão de opiniões, com avaliações negativas predominando sobre as positivas. No meio ambiente, a situação é de um equilíbrio tênue, com um empate entre avaliações positivas e negativas, ambas em 33%.
A pesquisa, que ouviu 2000 pessoas em 129 cidades entre os dias 4 e 8 de abril, deixa claro que, embora existam alguns pontos de luz, o panorama geral é de uma administração que ainda luta para atender às expectativas da população em áreas vitais. A Educação se destaca como um ponto fora da curva, sugerindo que este pode ser um caminho promissor para recuperar a confiança do eleitorado.
Para o governo Lula, os números do Ipec são um sinal de alerta que não pode ser ignorado. A necessidade de reavaliar e fortalecer políticas em áreas críticas é evidente, se o objetivo é reconquistar a aprovação do público e melhorar a vida dos brasileiros em aspectos fundamentais como saúde, segurança e economia.