O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entra em 2025 com a meta de avançar em projetos estratégicos nas áreas econômica, social e de segurança pública, buscando fortalecer sua avaliação e consolidar a gestão petista. No entanto, o cenário legislativo se mostra desafiador, com um Congresso fragmentado e um ano pré-eleitoral que exige maior articulação política e concessões.
A reforma ministerial, vista como indispensável, busca abrir espaço para partidos do Centrão e ampliar a base aliada. O professor de ciência política do Insper, Leandro Consentino, avalia que a governabilidade frágil do governo, evidenciada em negociações intensas e concessões para aprovação de pautas anteriores, como o novo marco fiscal e a reforma tributária, será ainda mais testada.
No horizonte, projetos como a reforma do Imposto de Renda e a revisão das regras para aposentadoria de militares são vistos como prioridades capazes de melhorar os indicadores econômicos e sociais, essenciais para o governo pavimentar o caminho para as eleições de 2026.
A oposição fortalecida e a polarização crescente complicam ainda mais o cenário, mas parlamentares da base, como Lindbergh Farias e Rogério Correia, destacam a importância de 2025 como um “ano de entrega” para o governo. A expectativa é que as pautas econômicas e sociais predominem, enquanto questões polêmicas sejam minimizadas devido à proximidade do período eleitoral.
No Senado, a prioridade recai sobre projetos como o Plano Nacional de Educação e medidas de segurança pública, áreas que também enfrentarão resistência. Para especialistas, o desempenho do governo em 2025 será decisivo para moldar a percepção popular e determinar o futuro da gestão petista.