O líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), fez uma manobra nas últimas horas que antecedem a leitura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.
O parlamentar moveu o próprio partido do Bloco Democracia para o Bloco Resistência Democrática. Agora, o Resistência, que tinha cinco cadeiras, passa a ter seis vagas no colegiado.
Desse modo, o Bloco Vanguarda, da oposição, que tinha três indicações à comissão, perde uma vaga. O número de cadeiras do Senado na CPMI não muda, permanece em 16. A manobra do governista altera a proporcionalidade do colegiado.
Na nova configuração, os blocos estão com os seguintes postos:
- PL e Novo (Bloco Vanguarda) − duas cadeiras;
- PSDB, Podemos, MDB, União e PDT (Bloco Democracia) − seis cadeiras;
- PT, PSB, Rede e PSD (Bloco Resistência Democrática) − seis cadeiras;
- PP e Republicanos (Bloco Aliança) − duas cadeiras.
Conforme apurou Oeste, a oposição não aceitou a atitude de Ranfolfe e pretende recorrer de alguma forma. Ao ser interpelado sobre a mudança e se participaria da CPMI, o líder do governo no Congresso disse: “Não perco essa festa por nada”.
Uma das seis cadeiras do Bloco Democracia vai ficar com o senador Izalci Lucas (PSDB-DF). Já o Bloco Aliança deve indicar o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) para uma das duas vagas.
Conforme noticiou Oeste, o Senado deve ficar com a presidência da comissão e a Câmara, com a relatoria. Nos bastidores, o nome do deputado federal André Fufuca (PP-MA) é o mais cotado para ser o relator da CPMI.
Revista Oeste