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Na ONU, Bolsonaro destaca índices econômicos de sua gestão e combate à corrupção

Presidente disse que Brasil passa por forte recuperação da economia, com emprego em alta e inflação em queda.

Foto: YUKI IWAMURA/AFP

Em seu discurso na abertura da 77ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), destacou índices econômicos brasileiros de sua gestão e defendeu políticas caras a sua base eleitoral.

“No meu governo, extirpamos a corrupção sistêmica que existia no país. Somente entre o período de 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político e desvios chegou à casa dos US$ 170 bilhões”, disse Bolsonaro.

Bolsonaro atribui a Lula, mas sem citá-lo, o esquema de corrupção na Petrobras. “O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade. Delatores devolveram US$ 1 bilhão e pagamos para a Bolsa americana outro bilhão por perdas de seus acionistas.”

Em outro momento, o líder brasileiro destacou índices econômicos, como a deflação registrada no país desde agosto. “Apesar da crise mundial, o Brasil chega ao final de 2022 com uma economia em plena recuperação. Temos emprego em alta e inflação em baixa. A economia voltou a crescer. A pobreza aumentou em todo o mundo sob o impacto da pandemia. No Brasil, ela já começou a cair de forma acentuada.”

Bolsonaro defendeu as medidas tomadas contra o desmatamento ilegal e afirmou que o país é “parte da solução e referência” para o mundo.

Agenda internacional

“A agenda do desenvolvimento sustentável é afetada, de várias maneiras, pelas ameaças à paz e à segurança internacional. Erguemos as Nações Unidas em meio aos escombros da Segunda Guerra Mundial. O que nos motivava, naquele momento, era a determinação de evitar que se repetisse o ciclo de destruição que marcou a primeira metade do século 20. Até certo ponto, podemos dizer que fomos bem-sucedidos”, continuou.

O chefe do Executivo brasileiro citou o conflito da Ucrânia, iniciado em 24 de fevereiro, e avaliou que a guerra “serve de alerta”. “Defendemos um cessar-fogo imediato, a proteção de civis e não combatentes, a preservação de infraestrutura crítica para assistência à população e a manutenção de todos os canais de diálogo entre as partes em conflito”, disse Bolsonaro, que acrescentou que esses são os primeiros passos para alcançar uma solução “duradoura e sustentável”.

Bolsonaro, que busca a reeleição, comentou pautas caras a suas bases eleitorais. “Outros valores fundamentais para a sociedade brasileira, com reflexo na pauta dos direitos humanos, são a defesa da família, do direito à vida desde a concepção, à legítima defesa e o repúdio à ideologia de gênero”, destacou.

Na sequência, citou as manifestações do 7 de Setembro. “Foi a maior demonstração cívica da história do nosso país, um povo que acredita em Deus, pátria, família e liberdade”, afirmou.

Agenda

Durante sua passagem pelos Estados Unidos, Bolsonaro não se encontrará com líderes de grandes potências mundiais. Como o R7 mostrou, o chefe do Executivo terá encontros bilaterais com os presidentes do Equador, da Guatemala, Polônia e Sérvia, Guilherme Lasso, Alejandro Giammattei, Andrzej Duda e Aleksandar Vučić, respectivamente.

O líder brasileiro se encontrará, ainda, com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, acompanha o presidente na viagem aos Estados Unidos. No país, terá encontros com representantes das seguintes nações: Bahrein, Belarus, Camboja, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Guiana, Guiné-Bissau, Indonésia, Irã, Japão, Rússia, Senegal, Suriname e Turquia, além de com o secretário-geral da Liga dos Estados Árabes.

Conselho de Segurança

O secretário de assuntos multilaterais políticos do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Paulino de Carvalho Neto, informou que Bolsonaro deverá tratar com outros chefes de Estado a reforma no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

No último mês de julho, o Brasil ocupou a presidência do grupo, e foi a 11ª passagem do país pelo órgão desde sua criação, em 1945. Um dos pleitos é justamente o assento permanente — a reivindicação brasileira se arrasta há anos e a negociação teve pouco avanço. 

“Defendemos que é uma necessidade de o conselho ser o mais representativo do mundo de hoje, para que possa ser mais legítimo e que sua atuação e respostas tenham caráter mais eficaz”, argumentou Paulino. O embaixador, contudo, reconhece as dificuldades. “É um processo muito lento, com pouquíssimos avanços, e não há perspectiva de que possa ser resolvido em curto prazo.”

R7

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Postado por MOSSORÓ NEWS

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