Representantes da Rússia e da Ucrânia estiveram juntos nesta segunda-feira, 7, para a terceira rodada de negociações de um cessar-fogo, que aconteceu de modo silencioso e não teve a presença de muitos jornalistas. Após quase quatro horas de reunião, o negociador ucraniano, Mikhailo Podoliak, publicou em seu twitter que a conversa evoluiu positivamente. “A terceira rodada de negociações terminou. Há pequenos avanços positivos na melhoria da logística dos corredores humanitários… Continuaram as consultas intensivas sobre o bloco político básico dos regulamentos, juntamente com um cessar-fogo e garantias de segurança”. Por meio de um vídeo, Podoliak disse que algumas condições vão ser alteradas para dar uma ajuda mais eficiente para as pessoas afetadas. Quanto ao lado político para conseguir cessar-fogo, o negociador ucraniano falou que as consultas vão continuar. “Hoje não temos resultados fortes para melhorar a situação, mas as consultas vão continuar para melhorar os resultados”, declarou.
Para os russos, o encontro não foi tão positivo, e solução para o conflito na Ucrânia não esteve “à altura das expectativas de Moscou”, segundo o representante russo Vladimir Medinsky. Em entrevista coletiva transmitida pelo canal de televisão público russu, Medinsky declarou: “Esperamos que da próxima vez possamos fazer um avanço mais significativo”. O negociador russo ainda informou que a quarta rodada deve acontecer “em breve”. Durante uma pausa na reunião, o chefe de negociação da Rússia disse que os mesmo termos das negociações anteriores estavam sendo discutidas, ou seja, os assuntos abordados eram: questões de solução política interna da Ucrânia, aspectos humanitários internacionais e solução militar. Na segunda rodada, que aconteceu na quinta-feira, 3, os lados tinham acordado a criação de um corredor humanitário para a retirada dos civis em segurança. Mais cedo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Rússia só vai parar com as ‘operações militares’ – como eles classificam a guerra – quando a Ucrânia cumprir com os termos exigidos por eles que incluem: mudança na constituição para consagrar a neutralidade, reconhecimento de Donetsk e Luhansk como estados independentes, reconhecimento da Crimeia como território russo e que a Ucrânia cesse a ação militar.
Jovem Pan