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O Brasil registrou em 2024 o maior número de pedidos de seguro-desemprego desde 2016, superando até mesmo os períodos mais críticos da pandemia de Covid-19. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, foram feitas 7,44 milhões de solicitações ao longo do ano, um aumento de 4% em relação a 2023, que teve 7,16 milhões de pedidos.
Esse volume representa o maior patamar desde 2016, quando 7,56 milhões de trabalhadores requisitaram o benefício. Durante a pandemia, o recorde ocorreu em 2020, com 6,78 milhões de solicitações, enquanto 2021 e 2022 registraram 6 milhões e 6,68 milhões, respectivamente.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, a alta nos pedidos reflete a dinâmica do mercado de trabalho, com aumento na rotatividade de vagas. A quantidade de trabalhadores formais aumentou, o que ampliou o número de pessoas aptas a solicitar o seguro-desemprego após demissões sem justa causa.
Apesar do crescimento nas solicitações do benefício, a taxa de desocupação no Brasil atingiu seu menor nível histórico, fechando 2024 em 6,6%, conforme dados do IBGE. O número de brasileiros desempregados caiu para 7,4 milhões, uma redução de 1,1 milhão em comparação com 2023. A informalidade também recuou ligeiramente, de 39,2% para 39,0%.
Para o economista Hugo Garbe, professor da Universidade Mackenzie, esse cenário reflete um fenômeno de desemprego friccional, caracterizado pela movimentação entre empregos.
“A economia mais aquecida pós-pandemia levou muitas pessoas a mudarem de emprego, elevando os pedidos de seguro-desemprego. Esse crescimento reflete mais a transição entre postos de trabalho do que um aumento real no desemprego”, explica o professor.