Um vídeo que começou a circular há aproximadamente duas semanas, protagonizado por uma merendeira de uma escola municipal de Extremoz, região metropolitana de Natal, gerou intensa repercussão na cidade ao revelar uma troca alarmante: carne por pele e gordura animal na merenda dos alunos.
No vídeo, a funcionária descreve o conteúdo entregue como uma “pelanca grossa”, evidenciando que o material estava sendo distribuído no lugar da carne. O caso causou indignação e desconfiança entre a população local.
Os acontecimentos tomaram outro rumo ao chegar ao conhecimento da Câmara Municipal. Entretanto, uma parcela majoritária dos vereadores do município rejeitou um pedido para a instauração de uma investigação aprofundada sobre os contratos de fornecimento da merenda escolar.
A negativa provocou uma reação negativa na cidade, resultando na aprovação, nesta terça-feira (8), de um pedido de informações direcionado à prefeitura. A Secretaria de Educação do município confirmou que uma sindicância interna já está em andamento para apurar o ocorrido.
O secretário adjunto de Educação, Elie Ribeiro, afirmou que a prefeitura está comprometida em esclarecer o incidente, esclarecendo que não faz parte do perfil do município utilizar esse tipo de material na merenda escolar.
A tentativa anterior de investigação havia sido proposta verbalmente pelo vereador Kilter Araújo (MDB), porém, foi rejeitada por sete votos contra um. Os vereadores que votaram contrários à investigação alegaram que o pedido não estava em conformidade com o regimento interno.
Posteriormente, a mesma Câmara de Vereadores aprovou um pedido de informações à prefeitura, solicitando esclarecimentos sobre a qualidade dos produtos alimentícios fornecidos. O vereador Fábio Vicente (PP), autor da nova proposição, explicou que o foco é melhorar a qualidade da merenda escolar, não investigar. Contudo, o vereador Kilter argumenta que sua proposta original incluía uma investigação mais abrangente.
A cidade de Extremoz continua a acompanhar de perto esse desdobramento, aguardando respostas da prefeitura enquanto busca esclarecimentos sobre a qualidade dos produtos alimentícios fornecidos nas escolas municipais. A controvérsia ressalta a importância do fornecimento adequado de alimentos para os alunos e a necessidade de uma gestão transparente e eficaz dos contratos de merenda escolar.