Os postos de combustíveis em Natal surpreenderam os consumidores ao aumentarem, em média, R$ 0,60 no preço do litro da gasolina entre a segunda-feira (4) e esta terça-feira (5). Em alguns estabelecimentos da Zona Sul da cidade, o valor alcançou a marca de R$ 5,99, gerando apreensão entre os motoristas.
Apesar do aumento generalizado, alguns postos ainda mantinham os preços antigos na manhã desta terça-feira. Na Zona Oeste da capital, a equipe de reportagem da Inter TV Cabugi constatou a venda do combustível a R$ 5,07, demonstrando uma disparidade nos valores praticados na cidade.
Um flagrante realizado em um posto da avenida Coronel Estevam, no bairro Dix-Sept Rosado, revelou um aumento significativo. O letreiro, que exibia o preço de R$ 5,27, foi alterado para R$ 5,99, representando um aumento de R$ 0,72. Essa prática tem causado questionamentos por parte dos consumidores, que buscam entender os motivos por trás do reajuste.
Maxuel Flor, presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis, apontou uma possível explicação para os aumentos. Segundo ele, o preço do produto fornecido pela Petrobras, que abastece parte dos estoques dos postos, estaria mais alto que o mercado internacional. “Como compramos uma parte de nossos estoques em outros estados, fornecidos por ela, esse custo mais alto pode estar influenciando”, explicou.
No entanto, dados divulgados pela Petrobras contradizem essa justificativa. Os preços da gasolina na refinaria, em Fortaleza, no Ceará, e em Cabedelo, na Paraíba, permanecem inalterados desde outubro, apresentando até mesmo uma leve queda em relação ao início daquele mês.
A refinaria Clara Camarão, localizada em Guamaré, no Rio Grande do Norte, registrou seu último reajuste em 30 de novembro, elevando o valor para R$ 2,79. Essa refinaria, administrada pela empresa 3R Petroleum, adquiriu o ativo da Petrobras. Contudo, a diferença de R$ 0,10 em relação à semana anterior não parece justificar o aumento expressivo nos postos de Natal.
Diante da divergência nas justificativas apresentadas pelos postos e a Petrobras, os consumidores aguardam esclarecimentos adicionais e, enquanto isso, buscam alternativas para minimizar o impacto desses aumentos nos seus orçamentos.