No município de Paraú, localizado na região do Vale do Açu, servidores públicos lotados na Câmara de Vereadores, fornecedores e agora, até os próprios edis, experimentam uma experiência dura, difícil e pouco peculiar na maioria dos municípios brasileiros. É que a atual prefeita, Maria Olímpia, não tem cumprido perante o legislativo municipal, o compromisso, por lei, de transferir o duodécimo de forma integral. Por conta disso, esse poder fica impedido de arcar com suas despesas, tais como o pagamento de salários e outros serviços.
A chefe do executivo daquele lugar, cuja gestão é bastante criticada pela maioria da população, alega problemas financeiros, ‘bloqueio judicial’ das contas do município, conforme ofício enviado por ela à presidente da Câmara de Vereadores, Ana Lucia Xavier, sua fiel correligionária e, esta, por tabela vêm sofrendo as conseqüências ao atrasar a folha de pagamentos e outros gastos necessários ao bom funcionamento do legislativo.
O duodécimo da Câmara de Vereadores de Paraú, segundo informações, é de aproximadamente R$ 120 mil. No entanto, só foi transferido praticamente a metade, isto é, R$ 65 mil. Estranhamente, a atual presidente do poder legislativo, justifica o não pagamento de serviços prestados por causa do atraso, algo que já aconteceu quando o comando da edilidade era da vereadora ‘Neguinha’ , ela seguiu à risca com a quitação da folha de pagamento e outros fins.
Em meio a esse imbróglio, o contador da Câmara Municipal tem recomendado à chefe do parlamento o não pagamento das contas e isto só virá a ocorrer quando receber o duodécimo em sua totalidade. Também a orienta judicializar a questão, coisa imensamente difícil de acontecer, pois ela e a prefeita são ligadíssimas politicamente. A prefeitura de Paraú, sob o comando de Maria Olímpia, tem recursos da ordem de R$ 360 mil bloqueados pela Justiça em diversas ações.
E a prefeita Maria Olímpia segue no transcurso de seu mandato com mais da metade dele já cumprido, sem conseguir agradar a população parauense. São problemas na educação, infra-estrutura e, principalmente na saúde pública. Ao término de sua gestão, em dezembro do próximo ano, não deixará saudades. Lastimável.