O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, mandou instaurar uma investigação interna para apurar o vazamento à imprensa de informações discutidas com membros do Conselho de Administração da empresa. A informação da coluna de Malu Gaspar, de O Globo, que nesta semana informou que Prates teria dito a conselheiros da estatal que a exploração da foz do Amazonas seria realizada em um prazo de seis meses.
Prates ficou irritado com a publicação da jornalista e, em uma postagem no Twitter na quarta-feira 31, disse que se tratava de fake news. Ao mesmo tempo, porém, disse que tomaria providências para evitar o vazamento de informações do Conselho de Administração. “Conselheiros serão alertados mais uma vez sobre isso, e medidas já estão sendo tomadas para investigar esse tipo de prática”, declarou Prates. “Colunistas que se alimentam dessas fontes, e cultivam o hábito de divulgar sem checar, também terão mais dificuldades a partir das medidas que serão tomadas.”
A assessoria de imprensa da estatal confirmou a abertura da investigação interna. A colunista também afirma que conselheiros afirmaram que Prates ameaçou fazer uma representação à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão responsável pelo mercado financeiro. O envio da representação ainda não foi confirmado.
Petrobras espera reconsideração para explorar petróleo na foz do Amazonas
A Petrobras apresentou um pedido de reconsideração para concessão de licenciamento para explorar jazidas de petróleo na foz do Rio Amazonas, a quase 200 quilômetros da costa do Amapá. O anúncio foi feito pelo presidente da companhia, Jean Paul Prates, na semana passada.
O pedido está sob análise do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), que negou a licença ambiental à Petrobras.
Em nota, a empresa afirma que é “uma atividade temporária, de baixo risco, com duração aproximada de cinco meses. Somente após a perfuração desse poço se confirmarão o potencial do bloco, a existência e o perfil de eventual jazida de petróleo”. Caso o combustível seja encontrado, a Petrobras terá de fazer outro pedido de licenciamento.
Revista Oeste