O vereador professor Francisco Carlos, lança na próxima quarta-feira, 14, no Palácio Cultural Milton Marques de Medeiros, na sede da Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró – ACJUS, às 19h, o livro “Pensamento Sistêmico na Gestão de Saúde Pública”, consequência da experiência do autor como servidor da Prefeitura Municipal de Mossoró/RN, onde ocupou diversos cargos de gestão na área de saúde, a partir 1989.
Com uma experiência profissional que ultrapassa duas décadas como técnico administrativo na área de saúde municipal, aliada à simultânea atuação como docente na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, surgiu uma inquietação que fundamentou a elaboração da tese defendida durante o Doutorado em Administração na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) em 2015.
Ao longo desse período, o autor testemunhou um notável aumento na alocação de recursos financeiros nos serviços de saúde municipais, ultrapassando em dobro o mínimo de 15% exigido pela Constituição Federal. Este cálculo considera os dispêndios em relação às receitas próprias municipais.
Apesar da evidente melhoria nas condições de saúde da população, lacunas preocupantes persistiam nos serviços de saúde. A população demandava melhorias, mas não havia possibilidade de expandir os investimentos municipais. O confronto entre os indicadores de orçamento público de saúde de outros municípios brasileiros com a dinâmica das condições de saúde de suas populações destacou uma aparente assimetria entre investimentos e resultados na área da saúde. O que poderia estar causando essas disparidades?
Essas indagações foram o ponto de partida para a tese que propôs que as condições de saúde, avaliadas por meio de indicadores de mortalidade, poderiam ser explicadas por fatores como investimentos municipais em diversas áreas, indicadores de saneamento, assistência e infraestrutura pública e privada de saúde.
Guiada pela Teoria Geral dos Sistemas, a pesquisa investigou os Determinantes Sociais da Saúde em 198 municípios brasileiros de médio porte. Isso foi operacionalizado por meio de um recurso avançado de inteligência artificial, as redes bayesianas (RB). As associações foram estimadas com dados em painel, visando explorar as condições de saúde pública das populações e fornecer elementos para a formulação de estratégias de gestão nos serviços públicos de saúde.