Atualmente, no Rio Grande do Norte, o número de beneficiários do Auxílio Brasil é maior do que o de trabalhadores com carteira de trabalho assinada. São 462.066 potiguares empregados formalmente e 518.145 famílias cadastradas no programa social.
Desde abril de 2022, ao se comparar o banco de dados do governo federal, há mais famílias recebendo o benefício do que pessoas com carteira assinada.
Na situação em que o estado se encontra, é melhor ter o benefício do que não ter, avalia o economista William Pereira. “Quando a gente tem o Auxílio Brasil com maior volume do que carteira assinada, significa dizer que estamos em um contexto não muito adequado, onde a ajuda da União está socorrendo as pessoas que estão em situação de pobreza e miséria. Então, é melhor ter o Auxílio Brasil do que não ter. Mas, quando ele supera o número de trabalhadores com carteira assinada, significa que a situação econômica do RN não é das melhores. Como o valor pago no Auxílio Brasil (em média R$ 607,01) é menor que o salário mínimo (R$ 1.212), isso implica em menor volume de consumo, menor volume de vendas no atacado e no varejo”, explica o economista.
Para Sandra Gomes, professora de políticas públicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), esse crescimento tem a ver com o aumento do número de beneficiários do Auxílio Brasil em julho deste ano. “Tem a ver com o movimento do governo Bolsonaro, às vésperas da eleição, de atender todo um cadastro que estava represado. Mais famílias foram incluídas“, disse.
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