O cenário político do Rio Grande do Norte para 2026 tomou novos contornos nesta quarta-feira (22) com um evento promovido pelo senador Rogério Marinho (PL) em sua casa de praia, em Búzios. A reunião reuniu cerca de 400 participantes, incluindo vereadores, prefeitos, deputados e lideranças regionais, e reforçou a importância da união entre os partidos de oposição – PL, União Brasil, Republicanos e Podemos – como estratégia para as próximas eleições estaduais.
Em seu discurso, Rogério Marinho destacou Álvaro Dias, ex-prefeito de Natal e presidente estadual do Republicanos, como um nome preparado para liderar a disputa ao governo. O senador declarou que Álvaro reúne as qualidades necessárias para representar os valores da oposição e destacou a necessidade de apresentar uma alternativa forte para o eleitorado potiguar.
O apoio a Álvaro, no entanto, contrasta com declarações anteriores de Rogério, que havia manifestado sua disposição de percorrer o estado como pré-candidato ao governo em 2025 e declarado que seria uma grande honra governar o RN. A mudança de postura gerou especulações sobre seus reais planos e a dinâmica interna das articulações oposicionistas.
Outro ponto que chamou atenção foi a ausência de menções a dois nomes importantes do União Brasil: o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, e o ex-governador José Agripino Maia. A exclusão de ambos das falas de Rogério levantou questionamentos sobre a amplitude de sua articulação e apontou possíveis divergências internas que podem dificultar a construção de uma frente unificada.
Com o vídeo de seu discurso circulando nas redes sociais, o apoio público a Álvaro Dias é visto como estratégico, mas expõe os desafios de consolidar uma oposição ampla e coesa. A ausência de diálogo com lideranças influentes como Allyson e Agripino, somada às divisões internas, pode comprometer a força do bloco oposicionista na tentativa de apresentar uma alternativa viável para as eleições de 2026.